Mais cinco mortes e 373 casos em Portugal nas últimas 24 horas

Estão internados 283 doentes (menos 14 do que na véspera), dos quais 77 (menos seis) em unidades de cuidados intensivos. Portugal tem 22 535 casos ativos da infeção por covid-19, indica o boletim diário da Direção-Geral da Saúde.
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Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 373 casos de covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O relatório desta quinta-feira (6 de maio) mostra também que morreram mais cinco pessoas devido à infeção pelo novo coronavírus.

Estão internados 283 doentes (menos 14 do que na véspera), dos quais 77 (menos seis) em unidades de cuidados intensivos. No caso dos doentes mais graves, é preciso recuar a 24 de setembro de 2020 para encontrar também 77 doentes nos cuidados intensivos.

Há agora 22 535 casos ativos no País, menos 170 do que no boletim de quarta-feira, tendo sido registados mais 538 recuperados. Os contactos em vigilância são 22 010, menos 713.

A taxa de incidência é agora de 61,3 casos de infeção por SARS-CoV-2 por cem mil habitantes a nível nacional (59 casos por cem mil habitantes quando é tido em conta só no Continente). O risco de transmissibilidade R(t) é de 0,95.

Desde o início da pandemia já foram registados 838 475 casos de covid-19 em Portugal e 16 988 mortos.

Entre os novos 373 casos, 181 foram registados na região Norte, 106 na de Lisboa e Vale do Tejo, 32 no Centro, 12 no Algarve e 10 no Alentejo. Há ainda mais 16 casos, tanto na Madeira como nos Açores.

Quanto às mortes, três foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo e as outras duas na região Norte. Dizem respeito a uma mulher na casa dos 60 aos 69 anos, um homem e uma mulher na dos 70 aos 79 anos e outro homem e outra mulher com mais de 80 anos, segundo os dados da DGS.

Dados atualizados da pandemia em Portugal numa altura em que se pretende acelerar o processo de vacinação no país, com o aumento do número de inoculações para 100 mil por dia, o que deverá acontecer na próxima semana. Isto de acordo com o que disse o vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador do plano de vacinação, em declarações à RTP3 .

O objetivo é atingir o mais rápido possível a imunidade de grupo., que poderá ser alcançada com 70% da população vacinada. Mas especialistas ouvidos pelo DN indicam que esta percentagem pode não ser suficiente.

"Caminhamos a passos largos para a imunidade de grupo, mas não se pode abandonar regras de proteção", diz Ana Paula Rodrigues, médica de saúde pública do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) e coordenadora do primeiro inquérito serológico nacional - cujos resultados detetaram imunidade contra a doença em 15,5% da população, 13,5% com origem na infeção natural. É uma das especialistas que também considera que os 70% de população vacinada pode não bastar para travar a doença.

Uma posição dos EUA divulgada na quarta-feira e, um dia depois, a Comissão Europeia manifestou-se disponível para debater a suspensão das patentes para a covid-19, um dia depois da administração do presidente norte-americano, Joe Biden, apoiar esta medida.

O Presidente francês também mostrou-se favorável à abertura das patentes sobre as vacinas contra a covid-19.

"A partir de 12 de maio, podem consultar na véspera as marcações para ver se há doses disponíveis. Caso haja marcações disponíveis perto das vossas casas, elas vão ser abertas a todos, sem limite de idade", disse esta quinta-feira Emmanuel Macron aos jornalistas durante uma visita a um novo centro de vacinação em Paris.

A idade de acesso prioritário à vacina anti covid-19 passa agora a 50 anos. Para as pessoas com menos de 50 anos ficam as marcações que sobrarem, de forma a utilizar todas as doses já disponíveis.

No plano nacional, o caso das freguesias de São Teotónio e Longueira-Almograve, mais concretamente a situação dos imigrantes, continua a estar na ordem do dia, com o realojamento de um grupo de imigrantes no complexo turístico Zmar a ser alvo de contestação.

Os advogados da maioria dos donos de casas e da massa insolvente do Zmar, em Odemira (Beja), consideraram esta quinta-feira "completamente desproporcional" a "ocupação militar" do complexo turístico pela GNR e acusaram o Governo de "má-fé".

"É uma ocupação completamente desproporcional e insensata, que nos deixa a todos num cenário de terror", afirmou à agência Lusa Nuno Silva Vieira, o advogado que representa 114 dos 160 proprietários de casas particulares no complexo turístico.

Pedro Pidwell, o administrador de insolvência do Zmar Eco Experience expressou à Lusa opinião idêntica: "É completamente despropositado" e "revela a postura de quem decide", ou seja, da "má-fé do Governo nesta negociação".

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