90 óbitos no dia com menos novos casos desde o Natal

O boletim epidemiológico da DGS indica que há 4832 doentes com covid-19 hospitalizados, dos quais 784 em unidades de cuidados intensivos.
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No dia em que entrou em vigor o 11º estado de emergência, em contexto de pandemia, a Direção-Geral da Saúde (DGS) indica que Portugal, nas últimas 24 horas, registou mais 90 mortes e 1303 novos casos de covid-19.

É a primeira vez desde o dia 8 de janeiro que há um número de óbitos inferior a 100. Já no que diz respeito a novos infetados, este é o número mais baixo desde o dia 26 de dezembro, quando foram registadas 1214 casos, que na altura refletiam as novas infeções detetadas no dia de Natal.

Os dados do boletim epidemiológico da DGS desta segunda-feira (15 de fevereiro) mostram que há 4832 doentes infetados com o novo coronavírus internados, mais seis do que no dia anterior. Estão ainda 784 doentes em unidades de cuidados intensivos, menos onze que nas 24 horas anteriores.

Em Portugal estão neste momento 102 794 casos de covid-19 ativos, menos 2325 do que no dia de ontem, sendo que foram registados mais 3538 recuperados.

Na distribuição pelo território nacional, Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região mais preocupante, tendo registado mais 779 novos casos e mais 48 mortos nas últimas 24 horas, seguindo-se o Norte com 288 novos casos e 18 óbitos e a região Centro com 98 novos infetados e 15 vítimas mortais.

No Alentejo foram detetados 70 novos casos e três mortos, enquanto no Algarve registaram-se mais 30 casos e seis óbitos. Curioso é que os Açores não registaram novos casos de covid-19, nem foram declarados novos óbitos, enquanto na Madeira foram registados 38 novas infeções.

Esta segunda-feira marca também a entrada em vigor da atualização da Estratégia Nacional de Testes para a SARS-CoV-2. A partir de agora, a testagem à covid-19 é alargada a todos os contactos, incluindo a realização de testes moleculares aos de baixo risco "no momento da identificação" do contacto.

A cada 14 dias vão ser feitos testes de despiste à covid-19 em escolas, prisões, fábricas ou na construção civil, nos concelhos que tenham mais de 480 casos por 100 mil habitantes.

Nestes concelhos serão feitos testes rápidos de antigénio em locais que agrupem muitas pessoas, que se mantêm mesmo que não sejam encontrados casos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença covid-19.

Segundo a DGS, a estratégia que hoje entra em vigor, deve ser adaptável à situação epidemiológica a nível regional e local, e alarga a testagem a todos os contactos quando se verifica uma infeção, sendo disponibilizados testes nas Unidades dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e nas Unidades Locais de Saúde (ULS).

A partir de agora, os procedimentos de inquérito epidemiológico e o rastreio de contactos devem ser iniciados nas 24 horas seguintes ao conhecimento da existência do caso de covid-19, de acordo com a norma sobre "Rastreio de contactos".

Também nesta segunda-feira ficou a saber-se que os alunos de enfermagem em ensino clínico vão ser prioritários na vacinação contra a covid-19, por estarem expostos aos mesmos riscos dos restantes profissionais de saúde, anunciou a Ordem dos Enfermeiros (OE).

"Os estudantes de Enfermagem em ensino clínico vão ser, finalmente, incluídos nos grupos prioritários da vacinação contra a covid-19, por estarem expostos aos mesmos riscos dos restantes profissionais de Saúde, como tem vindo a ser reiteradamente defendido pela OE", refere a Ordem em comunicado.

A OE adianta que a garantia lhe foi dada pelo novo coordenador da 'task force' para o Plano de Vacinação contra a Covid-19, Henrique Gouveia e Melo.

Desde que foi notificado o primeiro caso na cidade chinesa de Wuhan, em dezembro do ano passado, a pandemia já fez pelo menos 2 400 543 mortos em todo o mundo, de acordo com o balanço diário da AFP, com base em dados oficiais.

Foram infetadas pelo novo coronavírus mais de 108 785 960 pessoas, sendo que até esta segunda-feira 66 547 800 pessoas foram consideradas curadas da covid-19, refere ainda a AFP, sublinhando que os números oficiais refletem apenas parte do número real de contaminações no mundo.

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