Internamentos descem e há menos de 30 mil casos ativos
Portugal confirmou, em 24 horas, 730 novos casos de covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Foram registadas mais quatro mortes associadas à infeção por SARS-CoV-2, indica o relatório desta terça-feira (5 de outubro).
Dados mostram que o número de internamentos recuou para 346 (menos cinco face ao reportado na segunda-feira), sendo que 62 doentes estão em unidades de cuidados intensivos (menos seis).
DGS indica que foram registados 1064 casos de pessoas que recuperaram da covid-19, elevando para 1 024 149 o número total de recuperados.
A região Norte, com mais 272 infeções, e Lisboa e Vale do Tejo, com 185, continuam a ser as áreas do país com o maior número de novos casos.
Segue-se o Centro, com mais 126 casos, o Alentejo, com 60 e o Algarve, com 53. Nos Açores, há mais 22 diagnósticos de covid-19 e na Madeira foram reportados 12 novos casos.
As quatro mortes reportadas em 24 horas ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo (duas) e na região Norte (duas).
Relativamente à idade das vítimas, duas tinham mais de 70 anos, uma tinha entre 60 e os 69 anos, sendo que foi registado um óbito na faixa etária etária entre os 50 e os 59 anos.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, Portugal confirmou 1 072 037 diagnósticos da infeção por SARS-CoV-2 e 18 004 óbitos. Existem agora menos 556 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Com esta atualização, Portugal tem, atualmente, 29 884 casos ativos da doença (menos 338 face ao dia anterior), segundo os dados da DGS, um dia depois do secretário de Estado Adjunto e da Saúde anunciar que os portugueses com mais de 65 anos vão começar a ser vacinados com a terceira dose da vacina contra a covid-19 a partir de 11 de outubro.
António Lacerda Sales avançou que a DGS vai emitir em breve uma norma com "o suporte técnico para essa terceira dose" contra a covid-19 ou dose de reforço, ressalvando que a vacina vai começar por ser administrada a pessoas residentes em lares de idosos e com mais de 80 anos.
"Iniciaremos pelas faixas mais vulneráveis, nomeadamente pelas estruturas residenciais para idosos, pela faixa acima dos 80 anos e depois iremos de uma forma decrescente até à faixa igual ou superior aos 65 anos, como foi feito quando foi a primeira fase de vacinação covid", disse aos jornalistas o secretário de Estado.
O governante sublinhou também que esta dose de reforço deverá ser administrada a partir de 11 de outubro.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) já fez saber que uma terceira dose da vacina anticovid-19 da BioNTech/Pfizer e da Moderna só deverá ser administrada na União Europeia (UE) a pessoas com "sistemas imunitários gravemente enfraquecidos", após 28 dias após a segunda dose.
A agência justifica que este aval dado esta segunda-feira surge depois de vários "estudos terem demonstrado que uma dose extra destas vacinas aumentou a capacidade de produzir anticorpos contra o vírus que causa a covid-19 em doentes com sistemas imunitários enfraquecidos".
"Embora não haja provas diretas da capacidade de produzir anticorpos nestes doentes protegidos contra a covid-19, espera-se que a dose de reforço aumente a proteção pelo menos em alguns doentes", adianta a EMA, assegurando que "continuará a monitorizar quaisquer dados que surjam sobre a sua eficácia" e que acrescentará informação sobre esta 'luz verde' aos fármacos.
Na semana passada, a EMA anunciou estar a avaliar um pedido da farmacêutica Moderna para administrar uma terceira dose de reforço da vacina anticovid-19 na UE, para maiores de 12 anos após seis meses.
Ainda no que se refere à evolução da pandemia, mas a nível global, a covid-19 é responsável por pelo menos 4 805 049 mortos no mundo desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o aparecimento da doença em dezembro de 2019, segundo o balanço feito esta terça-feira pela AFP, com base em fontes oficiais.
Os Estados Unidos são o país mais afetado tanto em número de mortos como em casos, com um total de 703 285 mortes registadas e 43 852 265 casos detetados, de acordo com a universidade Johns Hopkins.
Depois dos EUA, os países mais afetados são o Brasil, com 598 152 mortos e 21 478 546 casos, a Índia, com 449 260 mortes em 33 853 048 casos, o México, com 279 106 mortos em 3 684 242 casos e a Rússia, com 211 696 mortos em 7 637 427 casos.