Mais 275 mortes e 5805 casos em Portugal nas últimas 24 horas
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 275 mortes e 5805 novos casos de covid-19, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta segunda-feira (1 de fevereiro). Ao todo, e desde que começou a pandemia, foram registadas 726 321 infeções e 12 257 óbitos.
Os dados indicam ainda que existem mais 175 internados, e mais 7 nos Cuidados Intensivos.
Já o número de novos caos registou um decréscimo de 3693 casos - a quebra costuma acontecer às segundas-feiras - relativamente a domingo, em que se registaram mais 9498 novas infeções. Assim, é já o quarto dia em que se verifica uma descida de novos contágios.
Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região mais penalizada, com mais 3370 casos de novas infeções e 149 mortos. A região norte é a segunda com maior número de novos casos, mais 4546, mas apenas com 45 óbitos contra os 51 da região centro, que regista 2252 novos casos.
Os internamentos é que voltaram a subir, com mais 175 pessoas a precisarem de ser hospitalizadas, sendo que destas há mais 7 em Cuidados Intensivos.
Recuperaram da doença mais 7937 pessoas, num total de 534384 que já conseguiram superar a infeção por covid-19. Neste momento há 179 180 casos ativos em Portugal, menos 2443 do que existiam há 24 horas.
Os números desta segunda-feira, primeiro dia do mês de fevereiro, seguem-se a um mês de Janeiro particularmente mortífero: foi o mês que somou mais mortos nos últimos 12 anos, com 19 452 óbitos e quase todos os dias se bateram novos máximos, segundo dados do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO).
Estes dados mostram que janeiro de 2021 foi também o que teve mais mortes comparando com todos os meses de janeiro desde 2009.
De acordo com os dados disponíveis no SICO, o dia 20 de janeiro com menos mortos foi o de 2010 (312) e aquele que registou o número mais elevado foi o de 2015 (486).
Neste ano, no dia 20 de janeiro morreram quase o dobro das pessoas do mesmo dia do ano anterior, (375).
A perspetiva é que se atinja o pico das infeções a nível nacional na próxima semana, para a espiral começar a descer. O epidemiologista Manuel Carmo Gomes diz que, atualmente, subida dos novos casos diários é maior entre crianças do 1.º ciclo.
A equipa de Carmo Gomes dividiu os grupos etários mais novos por níveis de escolaridade. "O aumento de novos casos tem sido maior no grupo dos 6 aos 12 anos, depois dos 13 aos 17, seguindo-se o dos 0 aos 5. Um dos grupos onde evoluiu melhor, no sentido de diminuir a incidência, foi no dos 18 aos 24, um grupo que desde o verão tinha uma incidência maior de novos casos por cem mil pessoas dessa idade. Foi o grupo que, ao longo do mês de janeiro, mais reduziu os contágios. O que passou para o primeiro lugar e permanece com um nível muito elevado é o das crianças dos 6 aos 12 anos. Têm a taxa de variação de um dia para o outro mais elevada, embora também tenha vindo a descer nos últimos dias, como todos os outros grupos."
O cientista não responsabiliza a variante inglesa do novo coronavírus pelo maior aumento de contágios entre a população mais jovem, inicialmente referido nos estudos ingleses, salientando que não há evidências claras.