Maior igreja da diocese terá capacidade para 800 pessoas
O anúncio foi feito hoje à Lusa pelo padre Artur Coutinho, que lidera a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima na cidade de Viana do Castelo, após a reunião do Conselho Paroquial Pastoral, realizada na sexta-feira à noite e em que foi fixada a "desejada" data de inauguração do templo.
"O sonho começou a crescer em 1983, pela necessidade que já os mais velhos sentiam. Em 2000, foi assinada a doação dos terrenos e, em 2004, arrancou a obra, que em julho deverá estar finalmente concluída. A 8 de setembro, fazemos a inauguração, por ser o dia de Nossa Senhora da Natividade e esta igreja será dedicada à Sagrada Família", explicou o pároco.
A abertura chegou a estar prevista para 2009, mas foi sucessivamente adiada devido a dificuldades na construção, de projeto e, entretanto, também financeiras, fruto da crise e da quebra, em mais de 15 por cento, das ofertas dos paroquianos.
Ainda assim, apenas o templo propriamente dito ficará concluído, tendo em conta os mais de 500 mil euros ainda necessários para acabar o edifício, de cinco andares, onde funcionarão os restantes serviços do centro social daquela paróquia.
"Já gastámos mais de dois milhões de euros, sem qualquer apoio do Estado. Não temos capacidade financeira para mais, porque tudo o que está aqui foi feito à custa dos paroquianos, das doações e de empréstimos da banca. O edifício está pronto, faltam outros acabamentos, mas vamos ter de esperar mais algum tempo", admite Artur Coutinho.
A nova igreja está implantada na zona da Abelheira, a mais populosa da freguesia de Santa Maria Maior (10 000 habitantes), no centro da cidade.
Por concluir vão ficar outras futuras valências do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, como uma sala de ginásio para crianças, jovens e idosos, salas de formação para adultos, entre outros espaços de apoio social.
"Mesmo assim, acho que ficou muito bonita. Será uma verdadeira obra de arte e que pode ser apreciada de três ângulos diferentes. Vista de cima parece uma árvore, de dentro um ovo e de fora uma nave", diz ainda o padre, garantindo que quando for inaugurado, aquele será o maior templo da Diocese de Viana do Castelo.
"Entretanto, já começaram a instalar o piso radiante, para aquecer os pés dos nossos paroquianos. As igrejas de hoje têm que ser locais confortáveis, onde os fiéis se sintam bem. E as pessoas queixam-se, frequentemente, que, no final das cerimónias religiosas, têm os pés gelados, o que não vai acontecer nesta", garante.
Numa segunda fase, Artur Coutinho admite avançar ainda com a instalação, no interior, de uma área acusticamente isolada para receber crianças, filhos dos fiéis, durante as celebrações, devidamente acompanhadas.
O forte crescimento demográfico daquela zona é um dos motivos apontados pela paróquia para justificar a construção da nova igreja, que terá condições para receber 800 fiéis, ou seja, quatro vezes mais do que a atual, que vai continuar a funcionar depois de setembro.
A nova igreja terá também gabinetes de trabalho, salas para catequese e para os escuteiros, além de um pequeno museu ligado à Abelheira, localidade onde está implantada a paróquia.
O novo templo apostará ainda no aproveitamento da energia solar, através de painéis fotovoltaicos, que permitirão baixar a fatura da luz no final do mês.