Magna Carta renasce das cinzas 283 anos depois

Há 283 anos que uma das quatro versões da Magna Carta, documento considerado precursor das constituições modernas, estava ilegível devido a um fogo. Agora, com recurso a uma nova tecnologia, voltou a ser lida
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Mais um milagre da tecnologia: com recurso a uma nova tecnologia, a imagem multiespectral, uma das quatro versões da Magna Carta voltou a ser lida. Em latim, este texto foi parcialmente consumido por um fogo que, em 1731, atingiu o edifício onde estava guardado. Considerada pioneira das leis constitucionais, a Magna Carta foi assinada em 1215 pelos barões de Inglaterra medieval e o Rei João (1166-1216), numa tentativa de impedir o abuso de poderes pela monarquia.

Apesar de várias tentativas de restauro, esta cópia, conhecida como "A Magna Carta Queimada", continuou ilegível nos últimos 283 anos. Mas agora, com o recurso à imagem multiespectral, uma equipa de conservadores e cientistas da British Library conseguiu ler o documento. Esta tecnologia envolve a combinação de luz ultravioleta e infravermelhos para fotografar o documento, permitindo à equipa "limpar" as camadas danificadas pelo fogo.

Porque a composição química dos materiais varia, os diferentes componentes reagem de formas diversas às diferentes luzes. "Se se está interessado na tinta, a luz ultravioleta fornece a melhor informação. Se se estiver interessado propriamente na textura do pergaminho, os infravermelhos são melhores", explicou a instituição britânica.

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