Maçaneta de cotovelo contra infeções testada em companhia aérea japonesa

Abrir a porta da casa de banho dos aviões com os cotovelos em vez das mãos pode ser possível com uma maçaneta que está a ser testada pela companhia aérea japonesa All Nippon Airways (ANA). O objetivo é ir ao WC e não tocar em nenhuma superfície evitando o contágio de covid-19.
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Ir à casa de banho de um avião sem ter de tocar com as mãos em nada, nem em portas nem em torneiras, é um desafioq ue ganha importãncia em tempo de pandemia de covid-19. Mas este é o objetivo de uma companhia aérea japonesa que está a testar uma maçaneta em que o passageiro usa o cotovelo, em vez das mãos, para abrir ou fechar a porta do WC nos aviões, de modo a evitar infeções pelo novo coronavírus.

O produto está a ser experimentado pela companhia aérea All Nippon Airways (ANA) numa parceria com uma empresa fornecedora de interiores de aeronaves, a Jamco, no Aeroporto Haneda de Tóquio até o final de agosto. Ainda está numa fase inicial de testes, com a recolha de opiniões sobre este novo mecanismo de abrir portas.

Está a ser pedido aos passageiros que passam pelo aeroporto de Haneda que testem a maçaneta, que tem duas componentes. As pessoas podem trancar e destrancar a porta por dentro ao deslizar a maçaneta com o cotovelo e empurrar a porta para que possa abrir de modo a que possam sair do WC. E sem precisar de tocar com as mãos.

Dependendo das opiniões dos passageiros que, até ao final deste mês tem a possibilidade de preencher um questionário após testarem o dispositivo, a companhia japonesa irá decidir se vai optar ou não por esta maçaneta.

A ideia é mesmo fazer com que as pessoas não precisem de tocar em nada para irem ao WC.

Pelo menos sete pontos de contacto na ida ao WC

À BBC, um porta-voz da companhia fez saber que em alguns aviões os lavatórios já estão equipados com sensor, para evitar que seja preciso tocar nas torneiras com as mãos.

Inicialmente pensou-se em abrir a porta do WC dos aviões com o pé, mas a ideia foi abandonada por questões de segurança. Com a turbulência nos aparelhos, os passageiros poderiam perder o equilíbrio.

Atendendo à preocupação das pessoas que tentam evitar nas superfícies, também a empresa Haeco Americas está a desenvolver uma tecnologia, recorrendo a sensores, de modo a que não seja preciso tocar na porta do WC para que esta abra ou feche, como revelou a CNBC. A estação de televisão indica que há, pelo menos, sete pontos de contacto numa ida à casa de banho. .

De acordo com um inquérito realizada em abril pela indústria da aviação, mais de 70% dos entrevistados disseram estar preocupados com infeções por usarem os WC nos aviões.

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