Livro retirado por acusações de plágio de Felícia Cabrita

A editora Casa das Letras/LeYa decidiu retirar do mercado o livro "Mulheres de Ditadores", de Diane Ducret, por suspeita de plágio de uma obra de Felícia Cabrita sobre Salazar.
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"Fomos alertados, no passado dia 26 de dezembro, por um blog, do possível plágio e pedimos explicações à agência literária espanhola [com a qual se estabeleceu o contrato] que, devido à quadra de festas, ainda não nos respondeu", disse à Lusa a responsável editorial da Casa das Letras, Marta Ramires.

Em causa estão supostas semelhanças várias entre o capítulo de Diane Ducret sobre a vida privada de António de Oliveira Salazar e o livro da jornalista Felícia Cabrita "Os Amores de Salazar".

A responsável afirmou que "Mulheres de Ditadores" da belga Diane Ducret teve uma tiragem de 3000 exemplares, tendo sido retirados do mercado 1.800, enquanto há cerca de 500 em armazém.

"Contactámos também a autora Felícia Cabrita e aguardamos a resposta da agência espanhola, provavelmente na segunda-feira, para decidirmos o futuro", afirmou.

"O Grupo LeYa ao qual pertence a Casa das Letras não quer estar ligado de forma alguma a qualquer situação de contrafacção, plágio ou deturpação de originais, está aliás na primeira linha de combates a estas atividades ilegais, que devem ser severamente punidas", disse Marta Ramires.

Diane Ducret, natural de Anderlecht, redigiu documentários históricos para a cadeia televisiva France 3 e, em 2009, moderou "Le fórum de l'Histoire".

"Mulheres de Ditadores", editado pelas Éditions Perrim, foi o seu primeiro livro que se tornou um "best-seller" em França, estando já traduzido em 18 línguas, entre elas, o português.

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