Esta e outras revelações constam no livro "O Cofre do dr. Rui", da autoria do jornalista Tom Cardoso, num texto publicado no site "terra.com.br".No livro, contudo, a história é contada com mais pormenores. De acordo com o autor, o envolvimento de Dilma deu-se numa fase posterior, na partiha e na troca dos cerca de 2,5 milhões de dólares que foram roubados à amante do ex-governador paulista Adhemar de Barros, por uma organização de esquerda, para financiar a luta armada contra a ditadura no Brasil na década de 60. .Dilma, segundo o autor do livro, disfarçou-se de estrangeira para trocar na altura cerca de mil dólares numa casa de câmbio do Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. E também terá participado na troca de outros 300 mil dólares negociados com o Banco Bradesco. .Tom Cardoso conta ainda no livro que na altura existia muita especulação sobre o destino do dinheiro roubado. Quando foi presa em São Paulo, Dilma estava com parte do dinheiro que seria distribuído para a organização naquele Estado. "Existe muita lenda. Quando dizem que ela ficou rica com o dinheiro do cofre, é muita bobagem", afirma o autor do livro..A obra conta com depoimentos de Carlos Araújo, ex-marido de Dilma e um dos chefes da organização Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), responsável pela acção..O cofre roubado era alimentado com dinheiro desviado por Adhemar de Barros, conhecido pelas grandes obras e acusações de corrupção. "Na época, não havia desvio de dinheiro como hoje para paraísos fiscais, então o dinheiro era guardado em diversos cofres espalhados pelo Brasil", afirma o autor. .Após a morte do político, o cofre ficou na pose da sua amante, Ana Capriglione, "para não levantar suspeitas da família e dos jornalistas, apesar de toda a gente saber do que se tratava"..A história contada neste livro, do maior roubo da luta armada contra a ditadura brasileira ocorrido em 1969, pode entretanto passar ao cinema, pois os direitos já foram vendidos.