Postos móveis da PSP vão para a rua em Lisboa e no Porto. Saiba onde vão estar
As unidades móveis de atendimento da PSP vão para as ruas, em Lisboa e no Porto, já esta quinta-feira e o modelo de funcionamento já é conhecido. Segundo o ministro José Luís Carneiro, estes postos entram em funcionamento às 16h. A apresentação formal destas estruturas acontece na tarde desta quinta-feira, às 18h.
No final da reunião do Conselho de Ministros - que aconteceu de manhã -, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, explicou que, no caso de Lisboa, a esquadra móvel começa o seu percurso na Praça do Comércio (onde estará das 16h00 às 20h00), segue para o Rossio (onde ficará das 21h00 às 24h00), e termina no Cais do Sodré, das 4h00 às 8h00.
No caso do Porto, os percursos são mais pequenos, começando na Praça da Batalha às 16h00, seguindo para a Praça de Gomes Teixeira, onde estará das 00h00 às 6h00.
Segundo explicou o ministro, cada uma destas unidades irá funcionar com dois agentes: um para garantir o atendimento; o outro para garantir as questões de segurança do posto móvel. Além disso, clarificou ainda, a mobilidade destes postos será articulada entre os comandos metropolitanos (da PSP) e as polícias municipais.
A criação destas unidades móveis surge depois de, no passado fim de semana, ter havido relatos de esquadras encerradas por falta de operacionais (o ministério falou em "reajustamento de horário"). Ainda assim, a Associação Sindical de Profissionais da Polícia (ASPP) alerta para a possibilidade de mais esquadras poderem fechar no mês de agosto devido à falta de agentes e não considera a solução como sendo a mais adequada.
Em conferência de imprensa, José Luís Carneiro disse ainda que o horário de atendimento da esquadra do Infante, onde se verificaram constrangimentos no fim de semana, já está reposto, salientando que o policiamento junto dos cidadãos "nunca esteve em causa". Até porque, disse, no raio de um quilómetro, há "mais duas esquadras que garantem o atendimento a todos os cidadãos", garantindo assim que não existem falhas de segurança.
Na opinião do PSD e do PCP a solução apresentada não serve nem resolve o problema.
Para o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Paulo Rios de Oliveira, as esquadras móveis da PSP no Porto são "um paliativo" e quer saber qual a estratégia do Governo para a segurança no país, avisando que "se não pode governar, que avise". "Podem ser um paliativo, um remedeio, pode ser uma urgência, não é uma solução de recurso. Dizer que se fecha uma esquadra física e nós abrimos duas móveis, isto se não fosse grave, era de rir", defendeu o deputado na quarta-feira.
Por outro lado, o PCP exigiu que o Executivo acabe com aquilo a que chamou a "política de remendos" e que adote medidas estruturais para responder à falta de efetivos na polícia e, como o PSD, considerou que as "esquadras móveis" não são solução.
Em comunicado, os comunistas consideraram que o Governo "optou por medidas paliativas e dilatórias sem medir tudo o que envolve determinadas opções". No entender do partido, colocar esquadras móveis em zonas mais turísticas não resolve o problema. "Essa solução assente em postos móveis visa não só disfarçar a falta de efetivos como acabar com uma polícia de proximidade e criar super-esquadras", advertiu o partido.
O PS considerou esta quinta-feira que o investimento de mais de 607 milhões de euros para modernizar as forças de segurança é um reforço que, a par da valorização das carreiras, vai melhorar a perceção de segurança dos cidadãos.
Em declarações à Lusa, a deputada socialista Joana Sá Pereira disse que o investimento anunciado esta quinta-feira, no final de uma reunião do Conselho de Ministros, de mais de 607 milhões de euros para modernizar as infraestruturas e os equipamentos da polícia "também se traduz na vida concreta" das pessoas.
"Dos cidadãos porque ter mais infraestruturas, mais equipamentos, mais ferramentas de trabalho, aumenta a perceção de segurança que os cidadãos têm da vida em comunidade", explicou.
Para os profissionais das forças de segurança "é bom" haver novas ferramentas ao dispor do trabalho diário, acrescentou.
Questionada sobre se estas medidas são suficientes para apaziguar as reivindicações dos sindicatos por melhores salários, Joana Sá Pereira disse que este é "um reforço" que é feito "concomitantemente com a valorização das próprias carreiras", no sentido de responder a todas as reivindicações destes profissionais.
A deputada socialista acrescentou que uma das próximas etapas, que passará pela Assembleia da República, será "repensar o modelo do policiamento comunitário".