Lisboa acolhe Global Summit de exploradores e cientistas
Durante três dias, entre 3 e 5 de julho, Lisboa será palco da Global Exploration Summit (GLEx), que se anuncia como um encontro da "elite mundial de cientistas, investigadores e pioneiros na exploração e conservação do planeta", e que traz a Lisboa alguns das estrelas da ciência e da tecnologia na fronteira do conhecimento, bem como pioneiros da exploração e da conservação do planeta.
A ciência e as tecnologias dio espaço, as alterações climáticas e os oceanos estão entre os temas centrais que vão ser debatidos na GLEx, em Lisboa.
Entre os participantes estão já confirmados nomes como o do médico e pioneiro Bertrand Piccard, que fez a primeira viagem em balão à volta do planeta e que é um dos promotores e pilotos do projeto do Solar Impulse, o avião inteiramente movido a emergia solar que completou em Julho de 2016 a primeira viagem à volta do mundo com recurso apenas a energia solar, depois de 16 meses de voo e de uma série de escalas em diferentes países.
Fabien Cousteau, filho do lendário navegador francês, ele próprio homem do mar e cineasta, e James Garvin, cientista-chefe da NASA, são outros dos participantes já confirmados no encontro, no qual "estarão presentes astronautas europeus e da NASA , cientistas líderes nas suas áreas de conhecimento e outros atores e pioneiros fundamentais nestas áreas", como adiantou esta manhã em Lisboa, num encontro com jornalistas, Richard Wiese, presidente da centenária ONG americana The Explorers Club, que organiza a GLEx junramente com a organização Expanding World, e com o apoio do Turismo de Portugal.
A Global Exploration Summit, que tem já uma segunda edição confirmada para 2021, também em Lisboa, "integrará o programa das celebrações dos 500 anos da viagem de Fernão de Magalhães", afirmou, por seu turno José Carvalho Marques, que lidera a Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário da Viagem de Circum-navegação.
O primeiro dia da GLEx, decorrerá à porta fechada na Fundação Champalimaud, para um grupo de 400 pessoas, "funcionado como uma conferência de líderes", como lhe chamou Manuel Vaz da Expanding World, o responsável português do encontro.
Já as comunicações do segundo dia, cujos trabalhos vão decorrer na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, são destinadas ao grande público. Para o último dia do encontro está prevista a aprovação de uma declaração, a Resolução de Lisboa, um documento "orientador da partilha do conhecimento para o futuro e para as novas gerações de exploradores", como adiantou ao DN Manuel Vaz.
"Uma hipótese futura é a criação de um ramo do The Explorers Club em Portugal, bem como o arranque de uma nova linha de bolsas [desta organização] com o nome de Magalhães", afirmou o mesmo responsável.
O The Explorers Club, que tem assento nas Nações Unidas, atribui bolsas de investigação a cientistas de todo o mundo, "num montante anual global entre 100 mil e um milhão de dólares", explicou ao DN o seu presidente, Richard Wiese, sublinhando que um dos seus objetivos é, justamente, "aumentar o número de bolsas" atribuídas pela organização.