Lakers somam 17.º título da NBA e Lebron festeja quarto MVP
Os Los Angeles Lakers selaram neste domingo (madrugada de segunda-feira em Portugal) a conquista do 17.º título de campeões da Liga norte-americana de basquetebol (NBA), ao baterem os Miami Heat por 106-93, num sexto jogo da final que resolveram na primeira parte.
No segundo match point, depois da derrota por 111-108 no quinto jogo, os Lakers só precisaram de metade do jogo para dizimarem uns irreconhecíveis Heat, ao chegarem ao intervalo com 28 pontos à maior (64-36).
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Com a segunda maior diferença ao intervalo de um jogo da história das finals, os Lakers já não poderiam perder mais esta oportunidade e não perderam, igualando o recorde dos Boston Celtics no ano da trágica morte do seu eterno Kobe Bryant.
A etapa inicial decidiu tudo, num misto de mérito dos Lakers, com Rajon Rondo (13 pontos) e Kentavious Caldwell-Pope (15) em 'grande', e demérito dos Heat, com míseros 34 pontos, culpa de 34,3% nos 'tiros' de campo (13 de 38), inacreditáveis 41,7% nos lances livres (cinco em 12) e nove 'turnovers'.
Depois, com tudo resolvido, a segunda parte foi uma mera formalidade, com LeBron James a aproveitar para somar novo 'triplo duplo' (28 pontos, 14 ressaltos e 10 assistências) e Anthony Davis um 'duplo duplo' (19 pontos e 15 ressaltos).
James, de 35 anos, somou o quinto título, em 10 finais, enquanto Davis, de 27, colecionou o primeiro, na primeira presença.
Nos Heat, Bam Adebayo somou 25 pontos e 10 ressaltos, mas só apareceu com o jogo decidido, enquanto Jimmy Butler esteve muito longe das duas jornadas de sonho que protagonizou na final, ficando-se por 12 pontos, oito assistências e sete ressaltos.
Com Alex Caruso no 'cinco' dos Lakers, em vez de Dwight Howard, o jogo começou equilibrado, com várias igualdades, mas com os californianos a fecharem melhor o primeiro período, oito pontos à maior (28-20), apesar do regresso de Goran Dragic nos Heat.
O base esloveno, ausente desde o primeiro embate, voltou, mas não conseguiu contrariar a tendência que o jogo começava a ganhar e se traduziu, no marcador, numa primeira vantagem superior a 10 pontos (35-23, com dois minutos jogados no segundo período).
Com Rondo em 'grande', o avanço cresceu para 15 pontos (42-27), depois apareceu Davis a colocá-la em 20 (54-34) e, sobre o final da primeira parte, com Kentavious Caldwell-Pope imparável, a diferença 'cresceu' para impensáveis 28 (64-36).
A segunda parte, até porque os Heat reentraram com a mesma desinspiração, não teve história, com o jogo a 'arrastar-se', mais do que decidido, até ao final, com a vantagem a chegar a 'escandalosos' 34 pontos (82-48).
Nos instantes finais, o conjunto de Erik Spoelstra conseguiu reduzir a desvantagem para 12 pontos, muito 'enganadores', tal foi a superioridade dos Lakers. O jogo há muito tinha terminado.
LeBron James foi neste domingo galardoado pela quarta vez, no terceiro emblema diferente, como o 'Jogador Mais Valioso' (MVP) da final da Liga norte-americana de basquetebol (NBA), isolando-se no segundo lugar do 'ranking', apenas atrás de Michael Jordan.
James contribuiu com médias de 29,8 pontos, 11,9 ressaltos e 8,5 assistências para o triunfo por 4-2 dos Los Angeles Lakers sobre os Miami Heat, repetindo o conseguira precisamente pela equipa da Florida (2012 e 2013) e os Cleveland Cavaliers (2016).
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Na hierarquia de títulos de MVP das 'finals', que só começaram a ser atribuídos a partir de 1969, o '23' dos Lakers deixou para trás Magic Johnson (1980, 1982, 1987), Shaquille O'Neal (2000, 2001, 2002) e Tim Duncan (1999, 2003, 2005).
À sua frente, está agora apenas Michael Jordan, que venceu o prémio por seis vezes, no mesmo número de presenças na final, sempre pelos Chicago Bulls, que ajudou, e de que maneira, a vencer as finais de 1991, 1992, 1993, 1996, 1997 e 1998.
Com 35 anos, o jogador dos Lakers ainda pode sonhar em igualar o registo de Jordan, mas existe uma grande diferença entre ambos, pois se o ex-jogador dos Bulls logrou o pleno em finais (seis em seis), LeBron somou quatro títulos de MVP em 10 presenças.
Os títulos individuais do atual basquetebolista dos Los Angeles Lakers, que acabou de cumprir a sua 17.ª temporada na NBA, correspondem aos coletivos, pois perdeu as restantes seis finais disputadas.
Na primeira passagem pelos 'Cavs', perdeu com os San Antonio Spurs (0-4 em 2007), e, com os Miami Heat, perdeu com os Dallas Mavericks (2-4 em 2011), bateu os Oklahoma City Thunder (4-1 em 2012) e os Spurs (4-3 em 2013) e perdeu com os Spurs (1-4 em 2014).
De regresso a Cleveland, jogou mais quatro finais, todas com os Golden State Warriors: ganhou em 2016, por 4-3, depois de estar a perder por 3-1, mas perdeu as restantes, por 2-4 em 2015, 1-4 em 2017 e 0-4 em 2018.
Agora, na segunda época em Los Angeles, e após falhar os 'play-offs' na primeira, logrou o título para os Lakers, um cetro especial, por igualar os 17 dos Boston Celtics e, sobretudo, por ter acontecido no ano da trágica morte de Kobe Bryant, que perdeu a vida, com a filha Gianna, num acidente de helicóptero.