Kabuki chega a Lisboa e dá um toque português à comida japonesa
O chef Andrés Perede, há 10 anos em Valência, mudou-se para Lisboa depois do verão, com tempo suficiente para conhecer a cidade, a cultura e, sobretudo, a identidade gastronómica nacional, de forma a preparar convenientemente a instalação do primeiro Kabuki fora de Espanha. O restaurante abriu uns dias antes do Natal, numa estratégia de soft opening do espaço, que quer ser uma referência em Portugal neste tipo de gastronomia, que faz uma fusão entre a comida japonesa e a mediterrânica. Mas a intenção é, aos poucos, dar destaque às criações portuguesas-japonesas.
Instalado nas renovadas galerias do Four Seasons Hotel Ritz, o Kabuki Lisboa oferece três espaços distintos. No piso inferior está a sala principal, com capacidade para 72 pessoas, onde se podem experimentar os menus de degustação (entre 100 e 130 euros por pessoa) e opções à carta.
É aqui que são dados a provar alguns dos pratos mais icónicos do Kabuki, como o nigiri de ovo estrelado e patê de trufa branca, nigiri toro al pastor e nigiri de bife tártaro, e vários usuzukuris, como o usuzukuri pa amb tomaca ou usuzukuri de carabineiro, ou até pratos como o rabo de boi com molho teriyaki.
No piso intermédio está o bar Kikubari, a cargo do barman Guilherme Godinho, com vários cocktails disponíveis, que podem ser acompanhados por snacks como ostras, caviar, pickles caseiros e o prego kabuki.
No piso superior, haverá uma sala privada com capacidade para 30 pessoas. É o Kabuki Experience, um espaço mais intimista com um menu exclusivo, e que começará por fazer um tributo ao atum, um dos pilares da gastronomia japonesa.
"Os três ambientes Kabuki Lisboa foram desenhados para proporcionar uma experiência diferente, de uma celebração gastronómica com extrema atenção à harmonização vínica", explica José António Aparício, presidente do grupo Kabuki, citado num comunicado, que também garante a abertura de um terraço em frente ao restaurante com vista para o parque Eduardo VII na primavera.
O chef executivo Andrés Pereda, que se juntou ao grupo espanhol em 2008 - tendo passado os últimos 10 anos no restaurante de Valência -, irá garantir que a marca Kabuki se mantém, apesar da intenção de criar pratos novos e exclusivos, com ingredientes e um toque nacionais.
Após dois anos como sommelier do Alma, restaurante em Lisboa com duas estrelas Michelin, Filipe Wang muda-se para o Kabuki, onde, na qualidade de head sommelier, irá garantir que a oferta vínica exalta as criações gastronómicas. Com 350 referências, o Kabuki Lisboa aposta forte no champanhe (com 150 opções), vinhos da Borgonha, riesling, sake e jerez, mas também quer destacar os vinhos portugueses, oferecendo Portos, Madeiras, verticais exclusivas de pequenos produtores nacionais, entre outros.
A coleção de chás também é vasta e está planeada a criação de um chá exclusivo Kabuki Lisboa em parceria com um produtor nacional, além de cervejas artesanais e vinho de Jerez criado pelos sommeliers do grupo.
O serviço de sala leva orientação de Victor Jardim, gerente do restaurante.
"A nossa filosofia de trabalho é proporcionar experiências memoráveis aos nossos clientes. Superamos expectativas e é assim que fidelizamos os nossos clientes e construímos uma marca forte, premiada, ao longo destes 20 anos", explica o presidente do grupo, José António Aparício.
Todo o espaço, numa localização icónica de Lisboa, tem a mão do arquiteto Maurice Sainz. O ambiente é elegante e clean, com um jogo de luz e cor realçado pelas obras de arte da designer Carlota Pereiro.