Justiça recusa libertação de Dutroux com pulseira eletrónica
O Tribunal de Aplicação de Penas de Bruxelas anunciou a decisão duas semanas depois de uma audiência à porta fechada em que Marc Dutroux, condenado a prisão perpétua em 2004, pediu para cumprir a pena em casa com pulseira eletrónica.
"Não há lugar à concessão de uma medida de vigilância através de pulseira eletrónica", disse o presidente do tribunal, perante meia centena de jornalistas, belgas e estrangeiros.
O tribunal justificou a decisão com "a ausência de perspetiva de reinserção" de Dutroux e baseou-se em pareceres negativos de psiquiatras, da administração penitenciária e do Ministério Público.
A mãe de Dutroux, com quem o condenado já não tem contacto, opôs-se à libertação do filho: "Não tenho a mais pequena vontade de o saber em liberdade! É um reincidente e já o provou ao longo da vida", afirmou numa entrevista ao semanário Le Soir Magazine.
Dutroux foi condenado a prisão perpétua em junho de 2004 por rapto, sequestro e violação, entre junho de 1995 e agosto de 1996, de seis raparigas entre os 8 e os 19 anos, e pelo homicídio de quatro delas.
A cumprir pena em Nivelles, a sul de Bruxelas, Marc Dutroux pode apresentar um pedido de libertação condicional no final de abril, quando terá cumprido um terço da pena, equiparada a 45 anos.