Justiça e violência política na Índia

A mobilização de milícias para combater a guerrilha maoísta está a originar um outro tipo de violência na Índia, lê-se no diário <a href="http://www.hindu.com/2011/04/19/01hdline.htm" target="_blank">The Hindu</a>.
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Os responsáveis do Governo não actuaram devidamente após um activista social ter sido agredido pelas milícias formadas para combater os grupos armados maoístas presentes na região de Dantewada.

O activista estava de visita a esta região para investigar o caso da destruição de inúmeras habitações das populações locais, atribuída quer à guerrilha quer às milícias, como forma de retaliação pelo apoio prestado à insurreição maoísta.

"Será que eles [os milicianos] entendem o que são as lei? Sabem a diferença entre auto-defesa e agressões?", interrogaram-se os juízes do Supremo Tribunal de Justiça num pedido de esclarecimento dirigido ao governo da província de Chhatisgarth, onde se situa Dantewada.

O jornal prossegue na citação do documento judicial, em que este considera "não ser suficiente nomear, treinar e armar pessoas", porque o "primeiro dever de um governo, central ou outro, é verificar se todos os seus deveres e todas as suas acções se pautam pelo respeito da Constituição".

O documento do Supremo indiano critica ainda as autoridades de Chhatisgarth por não terem permitido a realização "de um inquérito independente" aos factos.

O Governo de Chhatisgarth informou que a "prioridade era restabelecer a paz na província" e que as acções das milícias, "subsidiadas pelo Governo central, eram do conhecimento deste".

A Índia vive há décadas mergulhada num violento conflito entre as forças de segurança e a guerrilha maoísta, em várias províncias do país.

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