João Tordo lança novo romance em Setembro

"O Bom Inverno", novo romance de João Tordo, e "As Memórias Secretas da Rainha D. Amélia", de Miguel Real, serão publicados em setembro e outubro pela Dom Quixote, na colecção de Autores de Língua Portuguesa.
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No seu quarto romance, depois de "O Livro dos Homens Sem Luz" (Temas e Debates, 2004), "Hotel Memória" (Quidnovi, 2007) e "As Três Vidas" (Quidnovi, 2008) - que lhe valeu o Prémio José Saramago 2009 -, João Tordo, de 34 anos, apresenta-nos um escritor prematuramente frustrado e hipocondríaco que narra na primeira pessoa as aventuras que vive depois de conhecer, num encontro literário em Budapeste, um escritor italiano que o convence a viajar até Itália.

Aí, na casa de província de um famoso produtor de cinema, isolada no meio de um bosque, acaba por passar um verão, que enigmaticamente designa como "O Bom Inverno".

Em "As Memórias Secretas da Rainha D. Amélia", Miguel Real - romancista, dramaturgo e ensaísta - constrói uma ficção em torno de um documento "escrito" pela monarca nos últimos anos de vida, em que esta retrata a sua vida em 12 capítulos, um por cada mês do ano, organizados em quatro partes, ao ritmo das estações do ano, da primavera correspondente à infância, até ao inverno da velhice.

D. Amélia deixa uma forte crítica a Portugal e aos portugueses neste manuscrito, furtado ao espólio de Salazar quando os seus antigos aposentos foram invadidos, a 25 de Abril de 1974, e recuperado em Sófia, na Bulgária, por Miguel Real, que foi incumbido de o depositar na Torre do Tombo, o que já fez.

Antes destas duas obras, já em Junho, a Dom Quixote publica - na mesma colecção, sob a responsabilidade da editora Maria do Rosário Pedreira - "A Vida Verdadeira", o romance de estreia de Vasco Luís Curado, autor de "A Casa da Loucura" (1999) e "O Senhor Ambíguo" (2001), que lançou em pequenas editoras.

Este psicólogo clínico nascido em 1971, que trabalhou 10 anos num hospital militar e publicou em 2000 uma tese de mestrado na área da psicopatologia intitulada "Sonho, Delírio e Linguagem", propõe-nos neste primeiro romance uma viagem pelas memórias de Vergílio, um homem adulto e só que regressa à casa de família - a última sobrevivente entre blocos de betão - antes de esta ser vendida, onde recorda uma galeria de personagens trágicas, cómicas e absurdas que o tornou incompatível com a vida comum.

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