João Gabriel Silva: "Lá em casa nunca havia dinheiro para ir ao restaurante, mas para um livro havia sempre"
O perfil tímido nunca o impediu de se chegar à frente, fosse para protestar contra as greves estudantis nos tempos agitados em que chegou ao ensino superior fosse para, quase quatro décadas depois, se tornar reitor da Universidade de Coimbra (UC). No gabinete onde recebeu o DN, João Gabriel Silva desfia, sem pressas, as memórias desse percurso, dos esforços feitos pelos pais para tornarem os cinco filhos doutores à aventura da criação do primeiro computador português. Presente e futuro da UC também estão em foco, junto com um lamento: "Um dos problemas centrais da sociedade portuguesa é que não dá o devido valor ao trabalho."
O rapaz que chegou à Universidade de Coimbra nos anos convulsos do pós-25 de Abril (1975) alguma vez pensou que chegaria a reitor?
Não, de todo. Aliás, eu acho que cheguei a reitor por um acaso do destino, porque não foi nada planeado. Acabei por me ir candidatando sucessivamente porque "pela boca morre o peixe": sempre tive a tendência de expressar as minhas opiniões de forma clara e em vários momentos me foram dizendo "vai lá provar que és capaz de fazer melhor".
Então, foi-se chegando à frente.
Quando cheguei à direção da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra (FCTUC) foi na sequência de um triste episódio - em 2001, se bem me recordo - em que a direção da FCTUC gastou o dinheiro dos centros de investigação, nomeadamente do grupo de investigação que liderava na altura. E ninguém achou graça, porque a universidade não financia a investigação, todo o financiamento tem de ser obtido de forma competitiva, e os grupos de investigação têm de gerir com cuidado o seu dinheiro e ter sempre disponível um pé-de-meia, para viagens ao estrangeiro de reparações de aparelhos e coisas assim. Os centros de investigação viram-se sem dinheiro. Eu fui dos que se fartaram de gritar e decidimos fazer uma lista. Ganhámos as eleições e, de repente, estava lá.
E o que é que o motivou a candidatar-se a reitor em 2011?
Então, só se estava a perfilar uma candidata que tinha uma visão muito diferente para a universidade daquela que eu tinha. Para mim, era absolutamente necessário acabar com as autonomias e fazer uma concentração da capacidade de decisão na universidade. Ao estarmos divididos em vários grupos, só seríamos relevantes aqui em Coimbra e nesta zona próxima de Cantanhede a Condeixa. Mas, para mim, uma universidade como a UC tem de olhar para mais longe: só vale a pena se for internacionalmente relevante. Como a outra candidatura defendia algo que, no meu entendimento, era um retrocesso, cheguei-me à frente e ganhei as eleições.
Essa faceta de levantar a voz contra aquilo com que não concorda está presente desde o seu primeiro dia como estudante na Universidade de Coimbra: nos primeiros tempos, em 1975, rebelou-se contra uma greve de estudantes, não é verdade?
Então, o ano letivo começou de forma tardia, em fins de outubro ou inícios de novembro. E todos nós, ou a maior parte, tínhamos perdido um ano porque tínhamos acabado o liceu em junho de 1974. Em outubro desse ano não entrou ninguém nas universidades porque o país estava demasiado desorganizado. Todos nós fizemos um ano a marcar passo.
Como passou esses tempos?
Passei vários meses a apanhar azeitona na aldeia do meu pai. Foi um ano de boa produção. A apanha durou de outubro a janeiro. Em janeiro já fazia um frio desgraçado: nós andávamos a apanhar a azeitona com as mãos todas enregeladas e, de vez em quando, tínhamos de sair da árvore para ir a uma fogueira aquecê-las e voltar lá para cima. Foi interessante [sorri]. Depois, estive metido nas convulsões daquela altura: andei também a brincar à política uns meses. E fiz o serviço cívico: foram dois meses diferentes.
Em que consistiram esses meses de serviço cívico?
Um foi em São João do Campo [arredores de Coimbra]: na altura havia a ideia de que a mata da Geria podia ser área protegida e mandaram-me para lá para estudar a biodiversidade - eu, que era um estudante saído do liceu, comprei um guia de aves e andava a tentar identificá-las... Meteram-me numa casa abandonada que não tinha água nem porta. Acampei lá dentro, tinha o meu fogareiro e ia cozinhando como podia, entregue a mim mesmo, durante um mês. Teve a sua graça...
E no outro mês?
A segunda fase foi perto de Aljustrel, numa aldeia chamada Carregueiro, se bem me lembro. Uma ou duas horas por manhã íamos abrir, a pá e picareta, valas para instalar esgotos na aldeia. Depois, a maior parte do tempo estávamos num acampamento a ser doutrinados ideologicamente e a fazer uma espécie de exercícios militares, para nos defendermos da reação ou uma coisa assim do género: teve muita graça.
Concluído esse ano tão peculiar, seguiu para a universidade nesse outono de 1975.
Cheguei à Sala 17 de Abril, onde o professor João Miranda ia dar uma aula de Análise Matemática I. Estavam cerca de 500 pessoas na sala - que tem capacidade para umas 150. Algumas tinham chegado mais cedo e estavam sentadas em meia cadeira, era o meu caso. O professor entrou, mandou umas bocas e quando ia começar a aula apareceram uns fulanos - os estudantes do conselho diretivo da universidade - a dizer que estávamos em greve. Eu pensei: "Greve? Mas em greve estivemos o ano todo, agora íamos ver se começávamos a fazer qualquer coisa." Não achámos graça nenhuma, ainda por cima a razão para a greve - viemos a perceber depois - era muito estapafúrdia. Dali foi logo formada uma comissão de curso do o 1.º ano das Engenharias, que fiquei a coordenar. Fartei-me de ser maltratado, porque na altura era tudo muito alinhado politicamente e eu não era alinhado com coisa nenhuma - era alinhado com aquilo que pensava.
Não estando pela greve, era conotado com a reação?
Era um reacionário, fascista, essas coisas todas. Eu queria lá saber! Tinha algum receio, ainda cheguei a apanhar alguns afagos físicos naqueles dois ou três anos, até a coisa estabilizar - uns sopapos, uns encontrões, nada de especial. E insultos, em grande quantidade, nas assembleias magnas e plenários da faculdade, que eram uma confusão.
Recorda-se de algum incidente em particular?
Lembro-me de um episódio giríssimo: uma vez, num plenário, devo ter dito qualquer coisa que não estava muito de acordo com o que era o entendimento vigente. Então, mal me sentei, alguém que estava atrás de mim deu-me um sopapo que até andei de lado. Levanto-me e digo "ponto de ordem à mesa, fui agredido". Os fulanos que estavam na mesa viraram-se para mim e respondem "cale-se, que você não está inscrito". E fui-me embora, o que é que eu havia de fazer?
Apesar de todas as convulsões, não se desviou dos estudos. Licenciou-se e doutorou-se em Engenharia Informática, e pelo meio coordenou a equipa que produziu o primeiro computador português, o ENER 1000. Como foi essa aventura?
Novamente, foi um acidente do destino. Nunca houve intenção da nossa parte de fazer o primeiro computador português. Nós simplesmente queríamos computadores para usar na investigação e no ensino, mas não havia dinheiro para os comprar. Paradoxalmente, era muito mais barato comprar as peças e montá-lo do que comprá-lo já feito. E foi isso que começámos a fazer. Depois, surpreendentemente, apareceu um empresário da Figueira da Foz [José Guedes, de uma empresa chamada Enertrónica], que queria produzir aquilo. E nós achámos que era uma ideia interessante.
Já tinham noção da importância que os computadores viriam a assumir nas décadas seguintes?
Sim, os computadores podiam permitir-nos fazer tanta coisa que não conseguíamos fazer de outra forma. Só a facilidade que era poder rearranjar um texto num ecrã e só o mandar imprimir quando estivesse pronto era um avanço enorme. Na altura, nem era a internet que estava em causa. Era algo tão simples como edição de texto ou fazer contas. Alargava tanto os horizontes que era superinteressante.
O ENER 1000 foi comercializado a partir de 1982-83. Como correu?
Ele era muito competitivo. Acabou por ter uma janela de mercado relativamente pequena, uns três anos - porque já então tudo evoluía muito rapidamente. Mas teve muitas dificuldades porque a empresa não foi formada para comercializá-lo e, quando veio ter connosco, já estava nas lonas.
Era uma última cartada.
Sim. Se calhar, só por isso é que eram suficientemente loucos para apostar numa coisa daquelas. De qualquer forma, até acabou por funcionar, ainda se venderam umas centenas - naquela altura era muito computador. E acabou por prolongar a vida da empresa uns três anos, embora ela tenha acabado por falir.
Esse foi o projeto mais prazeroso que lhe passou pelas mãos?
A partir daí fizemos muitas coisas interessantes. Uma delas foi trabalhar em sistemas tolerantes a falhas, num projeto que, em certa medida, deu origem à Critical Software. Na linha de produção do ENER 1000, fomos aprendendo umas técnicas de diagnóstico, deteção e localização dos problemas. O passo seguinte era garantir que o conjunto continuasse a funcionar sem pôr lá uma peça nova, algo que é preciso em casos como os dos satélites - não dá para ir lá tirar a peça estragada e meter a boa. Acabámos por desenvolver mecanismos muito interessantes e competitivos em termos internacionais, para testar os mecanismos de tolerância a falhas.
Foi outra oportunidade de negócio?
Evoluímos imenso e acabámos por vender esse software à NASA, à Agência Espacial Europeia, à chinesa... praticamente a todas as agências espaciais que existem no mundo - exceto aos russos. Entretanto formou-se a Critical Software. Eu abandonei a investigação porque não dá para fazer administração e investigação ao mesmo tempo. Ou fazemos bem uma coisa ou outra. Mas tenho saudades e espero ainda voltar à investigação.
O exemplo da sua avó materna, que aprendeu a ler às escondidas, ajudou a definir aquilo que seria a sua família, com cinco irmãos todos ligados às ciências e com carreiras académicas de sucesso?
Pois, eu sou um fruto puro da ascensão social que a educação superior permite. Quer o meu pai quer a minha mãe nunca tiveram um curso superior, porque a família deles não tinha condições económicas para lhes permitir isso. Do lado da minha mãe, em sete filhos, houve uma que conseguiu tirar um curso superior. Do lado do meu pai, foi mais ou menos a mesma coisa: havia quatro e um conseguiu ter um curso superior. Em ambos os casos foi o filho mais velho. Depois, os meus pais dedicaram a vida deles a permitir que os filhos tivessem aquilo que eles não tinham conseguido. E o destino quis que eu chegasse a reitor, o que está muito para lá daquilo que os meus pais alguma vez esperaram.
Cresceu em Pombal até aos 10 anos...
Sim, depois vim para Coimbra, para o 1.º ano do liceu. A minha família mudou-se para cá porque em Pombal só havia um colégio privado e os meus pais não tinham hipóteses de pagá-lo a cinco filhos. Mudaram-se para Coimbra, onde havia ensino público e universidade.
Essa mudança implicou que o seu pai abdicasse da progressão na carreira e de uma parte do salário.
É verdade... o meu pai era chefe da delegação da Companhia Elétrica das Beiras em Pombal e veio para uma posição de funcionário administrativo indiferenciado em Coimbra: na prática, abdicou da carreira, porque nunca mais foi chefe e baixou de salário... mas conseguiu trazer a família para Coimbra. A minha mãe era professora primária, andava a saltitar de sítio para sítio, ia e vinha todos os dias, também era uma vida pesada...
Em Pombal só fez a escola primária mas passou por uma experiência algo traumática de cumprir o primeiro ano todo de muletas.
Estou a ver que andou a informar-se bem... De facto, tive uma doença grave, entre os 4 e os 7 anos, chamada doença de Perthes - tive sorte, regrediu e agora ando normalmente. Mas era uma doença muito esquisita, que basicamente trava a irrigação aos ossos da parte de cima das pernas e eles começam a desfazer-se. Estive um ano de cama e dois de muletas, incluindo o primeiro de escola. Ia com a minha mãe, que dava aulas perto de Pombal.
Mesmo assim passou pela escola com uma perna às costas.
Andava literalmente com uma perna às costas [segura por um sistema de argolas e arreios], porque não podia por o pé no chão [risos]. O que mais me custou na altura foi passar um ano de cama: para um cachopo de 4 anos não é a coisa mais feliz do mundo... Nos outros dois anos tinha uma mobilidade muito limitada: aquela coisa de andar a brincar com os colegas, os amigos, os vizinhos... eu praticamente não tive, naquele período.
Valeu-lhe que, entretanto, a casa se foi enchendo de irmãos. Os cinco [João Gabriel Silva é o segundo mais velho] tiveram bastante sucesso académico. Qual foi o papel dos vossos pais nesse percurso?
Os meus pais tiveram uma importância decisiva. Lá em casa nunca havia dinheiro para ir a um restaurante (terei ido meia dúzia de vezes a um restaurante enquanto criança e adolescente) mas para um livro havia sempre. Um passeio, lá negociávamos de vez em quanto, mas a minha mãe levava sempre um farnel, um tachinho de arroz embrulhado em jornal. Mas para aquilo que tinha que ver com o estudo havia sempre dinheiro. Nós automaticamente éramos balizados: aquilo podíamos fazer, o resto não.
O vosso luxo era o conhecimento.
A nossa missão era aprender, o nosso luxo era o conhecimento, era só isso. Depois, como éramos cinco, brincávamos muito uns com os outros. Os nossos pais não gostavam muito de nos deixar sair por causa das más companhias e nós passávamos a maior parte do tempo em casa. Mas como éramos cinco não havia falta de companheiros para a brincadeira.
Herdou algo desse estilo na educação dos seus quatro filhos?
Nem por isso. Eles sabem bem que não sou uma pessoa de luxos nem de extravagâncias, mas não têm o mesmo nível de restrição. Então, era preciso que o dinheiro chegasse até ao fim do mês, toda a roupa era cuidadosamente passajada (remendada) e usada até ao fim, os sapatos a mesma coisa. Agora não é assim, embora eu tenha transmitido intensamente aos meus filhos a ideia de que é pelo trabalho que construímos a nossa vida - e trabalho disciplinado e sistemático, não apenas pontual.
[citacao:O nosso problema número um é que a sociedade portuguesa não é baseada no mérito]
Essa cultura do trabalho como único caminho para o mérito estará devidamente enraizada na sociedade portuguesa?
Julgo que não. Muitas pessoas pensam que se acharem um truque - uma chico-espertice qualquer, uma maneira de se encostarem a algum sítio - é que resolvem a sua vida. Eu acho que esse é o nosso problema número um: a sociedade portuguesa não é baseada em mérito. Aliás, isso tem muitos séculos de história: toda a aristocracia baseava-se na ideia de que o trabalho não era digno. E as pessoas queriam atingir um ponto em que podiam deixar de trabalhar. Isso é terrível. Essa ideia de que o nosso objetivo é ter os outros a trabalhar para nós e viver da renda de umas propriedades aqui e acolá está muito profunda no imaginário dos portugueses. É evidente que nunca seremos um país em condições com um imaginário deste género.
Será a derradeira missão das universidades tentar erradicar esse pensamento?
Essa é uma missão, mas ainda temos muito caminho a fazer. Por exemplo, o copianço continua a ser quase bem-visto. Quando os estudantes se põem a copiar, isso é fraude, sob todos os pontos de vista. Mas continua a ser largamente malvisto apontar aqueles que vigarizam, o que para mim é incompreensível.
O que é que tem sido feito para contrariar esses casos na Universidade de Coimbra?
Quando cheguei a reitor não havia um regulamento disciplinar para estes casos. Isso foi tratado logo no início do meu primeiro mandato: demorou quase um ano a negociar, mas foi aprovado por unanimidade no senado, o que não é uma tarefa trivial. Esse regulamento pune de forma forte o copianço, a fraude, o plágio. Todos os casos assinalados têm consequências. Alguém que for apanhado a copiar num exame cumpre, ao fim do processo disciplinar, pelo menos a suspensão de uma época de exames completa. Se é apanhado duas vezes, cumpre um semestre de suspensão (já aconteceu, o que é extraordinário, pois apanhamos relativamente poucos comparados com aqueles que copiam...). Se alguém é apanhado a fazer plágio numa tese de mestrado ou de doutoramento apanha um ano - ou, pelo menos, um semestre - de suspensão. Portanto, todos os casos têm consequências e não estamos a falar de coisas menores.
Ajudará a mudar mentalidades?
Eu tenho consciência de que uma parte substancial dos professores ainda desculpa o copianço. Mas é muito importante estabelecer essa ideia de que as pessoas não podem aldrabar. Quando alguém copia, estamos a transmitir valores errados: a ideia de que o que é preciso é ser esperto e não verdadeiramente trabalhador. Portanto, voltando à questão inicial, sim, de facto, um dos problemas centrais (se não o problema central) da sociedade portuguesa é que não dá o devido valor ao trabalho.
Essa é uma das suas batalhas. Outra foi contra a coincineração, nos anos 90. De onde brotou esse ramo de ambientalista?
Eu tento pensar a longo prazo. Nós, como sociedade, estamos a gastar recursos a um ritmo que é completamente insustentável, de forma a que os nossos netos e bisnetos possam ter uso dos mesmos recursos que nós estamos a ter. Podemos queixar-nos dos romanos, que levaram o ouro, o estanho e não sei quê, mas nós estamos a fazer muito pior às gerações que aí vêm. Se nos preocupamos em lhes dar uma educação e transmitir valores em condições, obviamente que temos de passar também condições de vida. A minha preocupação ambiental vem estritamente disso. Precisamos de ajustar a maneira como vivemos - não precisamos de voltar à Idade da Pedra nem nada que se pareça. Há muitas formas de fazermos, no essencial, as mesmas coisas, mas de uma maneira muito mais sustentável. A coincineração é um exemplo: porque é que vamos queimar e causar poluição com coisas que podem ser utilizadas com muito mais proveito e menos impacto para o ambiente? Essa demanda correu muito bem, porque a situação que temos agora é muito melhor do que aquilo que estava desenhado.
A batalha foi ganha, não a guerra...
A Quercus e eu próprio nunca dissemos que não queríamos coincineração tout court. Dissemos: "Aceitamos que vá para coincineração aquilo que não tiver uma alternativa ambiental e economicamente melhor." Neste momento, os CIRVER (unidades de tratamento de resíduos perigosos) da Chamusca, que são uma parte importante desse sistema alternativo de tratamento, têm zero de financiamento do Estado. E são economicamente viáveis. Portanto, se formos inteligentes e trabalharmos, acabamos por encontrar soluções - que podem não ser as primeiras nem as mais simples mas são muito melhores.
Neste momento, a faceta de ambientalista também está em standby. O seu caminho, quando terminar o segundo e último mandato na Reitoria (em 2019), pode passar pelo reassumir dessa voz ativa, ou pelo regresso à investigação?
A minha intenção quando acabar o mandato é regressar ao departamento de Engenharia Informática e voltar às atividades de ensino e investigação, que são coisas de que gosto muito.
Sempre em busca do saber...
É algo que tento fazer o tempo todo. Passar a perceber uma coisa que antes não se entendia como funcionava é uma satisfação enorme. Uma das coisas mais fantásticas que há na vida é aprender.