É director-geral da TVI desde Abril do ano passado. Desde Novembro, acumula a pasta da direcção de programas. É o novo Moniz da TVI?.No organograma admito que sim, na essência não, não tem nada que ver..Porquê?.Não havendo director de programas, as pessoas que constituem a direcção de programas têm obviamente autonomia superior da que teriam se houvesse um director. Coordeno essa pasta, mas não tenho o mesmo envolvimento directo que um director de programas teria..Estar há três meses sem director de programas não é mau para a TVI?.(pausa) Vou fingir que me fez outra pergunta. Se me perguntar se não preferia ter um director de programas, digo-lhe que sim, preferia. Agora, não estou muito preocupado por não ter ainda. Prefiro ter a solução colegial que tenho com as pessoas da direcção de programas a funcionarem como estão, de forma competente, do que ter um director de programas que não fosse o director de programas que entendo necessário para a TVI..É assim tão difícil arranjar um?.Para este tipo de cargos, e numa estação como a TVI, ou encontramos a pessoa certa ou não vale a pena. O mercado de directores de programas é muito rarefeito. As duas características principais que essa pessoa tem de ter é um profundo conhecimento do mercado português e ter uma personalidade que seja compatível com o espírito desta casa. Repito, tem de ser a pessoa certa..André Cerqueira não era a pessoa certa?.Não, nada disso. A TVI estava muito bem servida com ele..Não foi um erro de casting?.Não, acho que não. Foi talvez o homem certo na altura errada, no sentido que no projecto de vida dele a direcção de programas da TVI acabou por não encaixar bem..Há quem diga que ele não tinha perfil para as funções. É bom na gestão da ficção, mas não tinha paciência para as políticas que um cargo deste tipo obriga..Ele também falou disso comigo, não exactamente nesses termos. Ele dizia-me que, muitas vezes, não tinha paciência para alguns processos. Mas isso são feitios e as pessoas precisam de algum tempo para se encaixar nas organizações. O André não chegou a ter esse tempo..Há muita gente, quer na concorrência, quer mesmo alguns profissionais directamente ligados à TVI, que diz que se nota alguma falta de coordenação na programação....Em primeiro lugar, basta perguntar à concorrência se gostaria de trocar com a TVI a grelha que tem e os resultados que obtém. Depois, se há ou não falta de autoridade, não há nenhuma decisão nesta casa que fique por tomar. Qualquer pessoa nesta casa pode confirmar isso..Portanto, não há falta de comando....Eu seria a última pessoa a poder achar isso. Noto, pelo contrário, que a empresa está com uma velocidade e uma orientação muito assinaláveis, que é uma coisa de que me orgulho muito..Este compasso de espera para encontrar um director de programas tem alguma coisa que ver com a entrada de Miguel Paes do Amaral na TVI?.Não. Se tivéssemos tido a ocasião de encontrar a pessoa certa, ela já estaria na TVI..Paes do Amaral é de novo accionista da Media Capital. O seu reforço no capital social da empresa, previsto para os próximos meses, fará que aumente o seu poder na estrutura. É natural que tenha uma palavra a dizer na contratação de quadros estratégicos para o core business da empresa, que é a TVI....Vou responder a essa pergunta, mas deixe-me fazer uma ressalva. Esses são assuntos dos accionistas e as minhas funções de director-geral da TVI não me dão abertura total para discutir esse tema. Mas comento-o em abstracto. O engenheiro Paes do Amaral é uma pessoa que conhece o negócio da televisão e a TVI em particular, mas, tanto quanto julgo saber dos termos do acordo desta sua nova participação na Media Capital, a sua posição será não executiva. Não obstante isso, dará as suas opiniões, que terão o seu peso. No que concerne à direcção de programas, se ele tiver alguma opinião forte, teremos forma de a discutir..Fala com Paes do Amaral sobre a TVI?.Nunca falei com ele sobre a TVI..Qual é a natureza da vossa relação?.Conheço-o socialmente e mal..A sua continuidade no cargo é independente dessa entrada de Paes do Amaral?.Tanto quanto julgo saber, sim..Que balanço faz deste quase um ano na direcção-geral da TVI?.Tem sido um ano de imenso trabalho e ainda por cima complexo, com alguns casos muito mediáticos. Mas tenho-me divertido muito aqui, porque esta casa tem excelentes profissionais. Olhando para estes nove meses, noto uma evolução, gradual mas muito segura, em relação à solidificação de um modelo para a TVI. Isso é a base para continuar a crescer..O que leva um economista, licenciado em Londres, com uma vida profissional na banca e na indústria agro-alimentar a entrar no mundo da televisão?.Primeiro porque me convidaram. Depois porque há já muitos anos que me dá um largo gozo fazer coisas que nunca pensei fazer. É claro que me perguntei se seria capaz de assumir estas funções e falei com muita gente do meio. Cheguei à conclusão de que seria capaz de fazer o lugar e fazê-lo bem. Além disso, sou um homem com grande facilidade de aprendizagem e tenho uma equipa fantástica que percebe muito de televisão..Mas sabe mais de televisão do que sabia há nove meses....Incomensuravelmente mais. É óbvio que, quando aqui cheguei, era tudo um mundo novo. Já estive noutros mundos novos. A diferença é que este é um mundo novo com grande exposição mediática. O negócio tem umas particularidades importantes e, depois, há que ter em conta as personalidades dos activos da empresa. E é fundamental saber gerir a motivação das pessoas..Já sabe a diferença entre um rating e um share?.(sorriso e pausa) Eu acho que sei. Mas acho que já sabia antes de chegar à televisão, porque era um espectador informado (risos)..O que quer dizer quando diz que na TVI não há caça às bruxas?.Porque várias pessoas, umas da TVI outras que deixaram de estar, me vêm com críticas ou elogios em que está subjacente a ideia de que, por terem tomada esta ou aquela posição no passado, podem vir a ser beneficiados ou prejudicados. Esse princípio significa o futuro negro de uma empresa. As pessoas são livres de ter opiniões..Imagino que esteja a referir-se ao caso Manuela Moura Guedes....Não foi o único, mas é o caso mais mediático, sim..Porque é que foram precisos seis meses para negociar a saída de Manuela Moura Guedes?.Para ser totalmente franco, não tinha esse dossiê em mãos. Devo ter falado pela primeira vez com a Manuela Moura Guedes em Setembro e o assunto decidiu-se rapidamente..Mas, sendo director-geral da empresa desde Abril, não se preocupou que um dos seus principais activos estivesse de baixa há nove meses num processo sem fim à vista?.(pausa) Preocupar, preocupei, mas havia uma baixa em curso e durante o período dessa baixa tinha havido uma frustrada tentativa de negociação. Além disso, o assunto estava entregue em boas mãos..Pelos vistos em não tão boas mãos, se durante um ano o assunto não foi resolvido e se, como me diz, falou com ela pela primeira vez em Setembro. Ou seja, bastaram dois meses da sua intervenção para o assunto se resolver....Há que admitir que tinha outros assuntos importantes em mãos. Mas, pronto, a minha intervenção teve o valor que teve. Mas às vezes as pessoas, quando não estão envolvidas nos processos, têm menos passado e menos lastro, o que facilita as conversas..As afirmações que Moura Guedes fez, nomeadamente em comissões parlamentares, sobre a seriedade da informação da TVI não eram argumento suficiente para um despedimento com justa causa?.(pausa) Havia quem defendesse essa tese..Não era o seu caso?.Eu sempre disse que todas as hipóteses estavam em cima da mesa. Mas reconheço que não era a primeira das opções. Sempre defendi que era preferível resolver a coisa por acordo. Admito que, se não tivesse havido acordo, teríamos tomado outro tipo de decisão..O despedimento por justa causa?.Como lhe disse, todas as possibilidades estavam em aberto..Admite que a situação foi protelada porque se tratava de Manuela Moura Guedes?.(pausa) ....Faço-lhe a pergunta de outra forma: se qualquer profissional desta casa disser da empresa o que Moura Guedes disse quando estava de baixa o que lhe acontecerá?.Isso é uma excelente pergunta. Foi precisamente esse argumento que nos obrigou a chegar a acordo com Manuela Moura Guedes..A saída de Moura Guedes é uma perda para a TVI?.É muito difícil responder-lhe porque não estava cá quando ela estava no ar, portanto, não sei como era ela a trabalhar..Ainda há bocadinho me disse que era um espectador informado....(risos) Manuela Moura Guedes tem qualidades inegáveis de assertividade à frente das câmaras. Mas também terá fora da câmara defeitos que talvez não compensassem as suas qualidades. Mas não sei, como lhe disse, não estava cá para ver. Portanto, no global, não foi uma perda para a TVI..Mas ela foi afastada do ecrã pelas posições que tomava fora de antena ou pelo que mostrava em antena?.Foi um misto dos dois, seguramente..Portanto, está a querer dizer-me que ela não foi punida por ter sido incómoda para o poder e para o Governo....(pausa) Não, esse assunto já foi tão debatido que não me parece que faça sentido voltar a ele..Nunca o debati consigo, portanto....(pausa) Não sei... acho que ela não foi punida por isso. Não acredito nessa teoria da conspiração..E a saída de Moniz foi ou não foi uma perda para a TVI?.Acho que sim, foi uma perda..Fala com ele? Falou com ele depois de tudo o que ele tem escrito e dito sobre a TVI e até sobre si?.Estive algumas vezes com ele. Ainda na semana passada estivemos em Miami juntos, partilhámos o avião. Falamos social e cordialmente. É uma pessoa que respeito e que tem as suas opiniões. O projecto que ele fez na TVI está à vista e Moniz é responsável por muita coisa boa que se fez na televisão portuguesa. Saiu da TVI, creio que por vontade própria, já cá não está e a vida continua..A saída de Moniz deixou um sentimento de orfandade para muitas pessoas da estação....É natural que sim, as lideranças fortes são assim..Como é que sentiu as críticas, nalguns casos muito violentas, que Moniz lhe fez a si e à TVI?.De uma forma surpreendente, porque ele não me conhecia de parte nenhuma. Depois, obviamente, deixei que as críticas ficassem sem resposta..Manuela Moura Guedes tem feito críticas muito violentas àquilo que diz ser a perda de independência da informação da TVI. A informação da estação foi domesticada?.Obviamente que não. Tenho feito um grande esforço de comparação entre a nossa informação e a de outros canais, sejam generalistas sejam do cabo, e não tenho dúvidas de que a informação da TVI pede meças a qualquer outra em Portugal, quer do ponto de vista de qualidade e independência, quer do ponto de vista tecnológico..Mas é uma informação menos incómoda para o poder socialista, há que reconhecer....Não partilho dessa opinião..O Jornal Nacional deixou de ter aquelas peças incómodas para o Governo que tinha à sexta-feira..É uma realidade, deixou de haver aquele tipo de peças. Foi uma decisão editorial, não significa que tenha perdido independência e imparcialidade..Mas é uma informação mais institucional, menos popular. Isso é assumido?.Ao longo dos seus 18 anos de vida, a TVI já passou por vários perfis informativos e nessas alterações nunca se colocou em causa se era mais parcial ou mais imparcial. O ponto de partida é este: a informação da TVI é credível, independente e imparcial. Depois, há estilos. Mas admito que a informação da TVI já foi muito mais sensacionalista do que é hoje, já foi muito mais tablóide..Há sete anos, Miguel Paes do Amaral disse-me numa entrevista que a informação da TVI era para "donas de casa activas". Revê-se neste target?.Do ponto de vista de perfil sociológico, não mudou muito. O que entretanto mudou é que, demograficamente, as donas de casa activas de antigamente não são as mesmas de agora. O que as pessoas de 50 anos de agora têm de literacia tecnológica, de informação, de preocupações sobre o país e o mundo é muito diferente do que tinham há sete ou oito anos..Júlio Magalhães é um director a prazo ou é uma aposta para continuar?.É um director claramente para continuar. Já foi reconhecido por muita gente, mas não é de mais. Ele pegou na informação da TVI num momento muito difícil, produzindo resultados que nos agradam. Tem havido trabalho sistemático e de sapa, que conseguiu devolver à TVI a credibilidade e as audiências. Orgulho-me muito de termos nesta casa o programa de informação mais visto no País, o Repórter TVI, com temáticas muito variadas, e às vezes muito ousadas, que consegue cativar a preferência dos portugueses..Mas não tem o telejornal mais visto, que é o da RTP..É verdade, gostaria de ter..Em tempos idos já teve, quando era apresentado por Manuela Moura Guedes....Sim, à sexta-feira....Não, não, falo-lhe da primeira fase, quando apresentava o Jornal Nacional todos os dias....Isso já faz apelo a uma memória histórica que ainda não consegui reconstituir (risos)..Mas acha que é possível combater a informação habitualmente líder da RTP1?.Acho, muito honestamente acho. Não estou aqui a dizer que vai ser fácil ou que vamos conseguir com esforço chegar à liderança, mas vamos continuar a trabalhar e a fazer coisas novas, isso é certo..Acha que a RTP faz boa informação?.De uma forma geral, acho que sim. É a grande marca da RTP. Isso é visível na avaliação dos espectadores. E não é só pelo facto de estarem no ar há tantos anos, mas sim porque é feito um trabalho consistente na RTP..É uma informação independente?.(pausa) Isso já não sei dizer. Presumo que saiba a que se refere, mas não tenho dados para comentar isso..Qual é a sua avaliação enquanto espectador?.Acho que há alinhamentos na RTP que não são os que as televisões privadas fazem. Agora, se isso acontece por pressão ou sugestão política ou por decisão editorial, não consigo dizer. Mas também é verdade que todos os profissionais que, ao longo dos anos, têm sido interrogados sobre essa matéria negam a existência de pressões políticas..Muito bem, mudemos de assunto. No espaço de seis meses, a TVI perdeu Manuela Moura Guedes e duas pessoas fundamentais na cúpula directiva da programação. Falo de Gabriela Sobral e de Júlia Pinheiro. São rombos pesados?.São, são rombos pesados. Sobretudo a Júlia. Fizemos um grande esforço para tentar convencê-la a permanecer na TVI..Percebeu que ela tivesse necessidade de mudar?.Não. Curiosamente, a explicação que ela deu no dia em que foi apresentada na SIC não foi a mesma que me deu a mim. Ela disse na SIC que numa televisão líder não havia capacidade de desafio e coisas novas para fazer. Antes pelo contrário. É verdade que numa televisão líder há mais responsabilidades e coisas que são mais difíceis de fazer, mas um profissional do meio deve achar isso desafiante. Nesta casa a vontade de correr riscos e de abraçar novos desafios é diário..Há quem diga que Júlia Pinheiro, com Moniz, já nem teria apresentado os programas que apresentou em Dezembro, uma vez que a saída para a SIC soube-se exactamente no início desse mês?.Ora aí está uma coisa de que me orgulho. As notícias da saída da Júlia motivaram, como calcula, reacções inflamadíssimas de gente que tinha uma visão sacrossanta da Júlia e que passou a vilipendiá-la com os mais soezes adjectivos. No auge dessa polémica, e quando se discutiram as possibilidades em cima da mesa, eu disse que o fundamental era salvaguardar um interesse preponderante, que era o do espectador. E achei que seria uma traição brutal pelos concorrentes da Casa dos Segredos e pelos espectadores tirá-la do ar. Além disso, acho que a Júlia e a TVI deram uma prova de profissionalismo pouco habitual na televisão portuguesa..Mas a possibilidade foi equacionada?.Claro que sim. Eu e a Júlia sentámo-nos e falámos abertamente sobre isso. E ela deu uma grande prova de profissionalismo com a camisola da TVI..Faz sentido Mar de Paixão, que estava no horário da meia noite, voltar a ter protagonismo às 22.30, sendo que a sua autora, Patrícia Muller, já está a trabalhar na concorrência? Isso não é dar trunfos à SIC?.Olhe, só lhe digo isto. Gostava de pegar na mão dessa pessoa e irmos ao Chiado ou ao Dolce Vita Tejo, que é mais o target das nossas novelas, e perguntar às primeiras pessoas que passassem por nós se sabiam identificar a senhora..O que quer dizer com isso?.Exactamente o que disse. O espectador da TVI é sempre o mais importante. Mesmo mais importante do que o autor de uma novela..Preocupa-o o trabalho que a SIC está a fazer na ficção portuguesa?.Estou muito atento ao trabalho que a SIC está a fazer e acho que estão a fazer um trabalho muito bem feito..Vê a novela Laços de Sangue? E outras novelas?.Vejo, claro. Muito frequentemente. Quer em directo, quer em gravações..Mas vê as suas ou da concorrência?.Vejo principalmente as da TVI, mas também vejo as da concorrência..Acha que a novela da SIC é bem feita?.Sim, acho que sim. Acho que fazemos melhores novelas, mas acho que está bem feita..Não o preocupa a saída de actores consagrados e habituados à TVI, como é o caso de Rogério Samora, Helena Laureano, Manuel Cavaco, André Nunes, entre outros?.Preferia que não tivessem saído, na maior parte dos casos. Mas é natural que, quando há um concorrente que adopta um modelo que é idêntico ao nosso, queira vir cá buscar profissionais..Se estivesse na SIC não teria adoptado este modelo?.(pausa) Excelente pergunta (longa pausa). Copiar é sempre a melhor forma de resolver os problemas mas, tipicamente, a cópia nunca tem o nível do original. A resposta à sua pergunta é: sim, provavelmente nalguns horários menos críticos, poderia copiar. Naqueles que são decisivos, até para distinguir, tentaria ao máximo não copiar..Sendo que, para utilizar as suas expressões, a cópia já vai ganhando em alguns dias ao original....Ganhava muito mais quando tínhamos a Sedução no horário antigo (risos)..Já percebi que está mortinho para falar de Sedução, que já mudou duas vezes de horário. O que é que falhou?.O que aconteceu foi muito simples. Pela primeira vez, em muitos anos, a TVI não ganhava um slot [horário] no prime time..A novela Sedução é uma má novela?.Não, é apenas uma novela que não está a fazer os números que nós prevíamos..É uma má novela para o público da TVI?.(pausa) Os números não mentem: a novela não conseguiu captar para a TVI o número de espectadores habitual das novelas do mesmo horário..Porque é que estreou às 21.30 e cinco dias depois passou para as 22.45 e no último mês saltou para as 23.30? Rui Vilhena diz que a TVI não deixou a novela vingar. Esta crítica faz sentido?.Faz. É uma opinião legítima e com fundamento. E admito que se possa discutir se a decisão foi tomada na altura mais correcta e comunicada da forma mais correcta. É discutível..Se fosse hoje, faria de forma diferente?.É possível. Talvez tivesse esperado mais uma semana, admito..Rui Vilhena diz que se for para voltar a ter um produto a ser maltratado como este foi, prefere não continuar na TVI..Ele já me disse isso pessoalmente. E eu percebo. Mas o que o Rui tem aqui na TVI é a capacidade de vir aqui, entrar neste gabinete, sentar-se à minha fente e dizer-me isso na cara. Gostaria muito que o Rui Vilhena continuasse na TVI a fazer as grandes novelas que tem feito..Vê a Sedução?.Vejo. Há pouco perguntava-me se era uma má novela. Devo confessar-lhe que é a novela da TVI que vejo com mais prazer.