Israel pede ao cônsul geral turco que deixe o país

A diplomacia israelita informou numa nota publicada nas redes sociais que convidou o diplomata a abandonar o país por um certo tempo, na sequência dos acontecimentos violentos de segunda-feira
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Israel pediu esta terça-feira ao cônsul geral da Turquia em Jerusalém que deixe a cidade, numa altura em que os dois países estão envolvidos numa nova crise diplomática em sequência dos violentos acontecimentos ocorridos na segunda-feira na faixa de Gaza.

"O cônsul turco em Jerusalém foi convocado hoje à tarde pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e foi convidado a regressar ao seu país por um certo tempo", indicou a diplomacia israelita numa nota informativa publicada nas redes sociais.

O consulado geral turco assegura uma missão de representação diplomática em Jerusalém junto da Autoridade Palestiniana. A embaixada da Turquia em território israelita está localizada em Telavive.

A nota da diplomacia israelita surge momentos depois das agências internacionais terem noticiado que a Turquia tinha pedido hoje ao embaixador de Israel em Ancara para deixar o país temporariamente.

O embaixador Eitan Naeh foi convocado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e foi-lhe pedido para "regressar ao seu país durante um certo tempo", declarou um responsável da diplomacia turca, um dia depois de Ancara ter chamado o seu embaixador em Telavive para consultas.

Na segunda-feira, de acordo com dados do Ministério da Saúde em Gaza, 60 palestinianos, oito deles menores, foram mortos por balas israelitas junto da barreira de segurança que separa aquele enclave de Israel.

No mesmo dia, 2.771 pessoas foram feridas, metade das quais a tiro, incluindo 225 menores.

A Turquia condenou com veemência os acontecimentos, com o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, a apelar mesmo aos países muçulmanos que têm relações diplomáticas com Israel para as "reconsiderarem" em reação à violência de segunda-feira.

Segunda-feira, dia da inauguração da embaixada norte-americana em Jerusalém, foi também o dia do conflito israelo-palestiniano mais sangrento desde a guerra do verão de 2014 no enclave palestiniano.

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