Irmãs de Carlos Castro autorizam programa da TVI
Esta sexta-feira à noite, TVI vai exibir o programa Depois da Vida no qual Carlos Castro, naquela que foi a última participação em televisão, é confrontado com o espírito da falecida mãe e se comove com as palavras que lhe são endereçadas pela médium britânica Anne Germain e interpretadas pela apresentadora Iva Domingues.
A exibição surge uma semana depois de este episódio ter sido adiado a pedido da família do malogrado cronista social, falecido a 7 de Janeiro, em Nova Iorque. "Falámos directamente com os familiares e, em conjunto com a TVI, decidimos suspender o programa até que o funeral tivesse lugar", declara a produtora Mónica Carrelhas. Sublinha, contudo, que "as irmãs de Carlos Castro pediram que fosse mesmo para o ar uma vez que ele lhes tinha dito que tinha gostado muito de participar".
Esta é uma consideração que Mónica Carrelhas, responsável pela empresa Planeta Ideal e que faz o formato de Iva Domingues, corrobora. "Na dia em que Carlos Castro foi assassinado, tínhamos falado com ele durante a tarde para o avisar de que a emissão em que ele participou é que iria arrancar a nova série de Depois da Vida", recorda a empresária. Lembra ainda a forma como o cronista recebeu a notícia: "Ele ficou muito contente por saber que tinha sido o escolhido para o arranque. Disse-me que estava em Nova Iorque e que estava felicíssimo."
Numa altura em que Depois da Vida com Carlos Castro enfrenta quatro queixas na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), apresentadas por espectadores que consideram "abusivo o tratamento do caso por parte da TVI" e "afronta à dignidade humana", Mónica Carrelhas remete justificações para "o programador".
Pedro Frade, psicólogo do luto que trabalha neste projecto de Queluz de Baixo, diz recolher outro tipo de feedback. "Temos recebido muitas chamadas, por parte de pessoas que estiveram na plateia quando Carlos Castro foi o convidado, a agradecer pelo facto de termos respeitado a família nesta hora de dor", avança. O especialista recorda que o cronista social "gostou muito da experiência, que foi positiva" e, por isso, entende que os familiares queiram ver a emissão exibida para o público. "Concordaram que fosse para o ar para que, de alguma maneira, possa ser homenageado", garante.