IPMA sem provas científicas sobre verão frio
A previsão sazonal que o IPMA disponibiliza mensalmente resulta de 4 sistemas de previsão acoplados: três europeus - ECMWF, Met Office, Météo-France - e um norte americano - NCEP. "A previsão mais recente disponibilizada pelo IPMA, para o trimestre junho, julho e agosto, sugere um cenário para Portugal Continental em que a probabilidade da temperatura média ser inferior ao normal é de 40 a 60%, com uma anomalia negativa entre -0.5 e -0.2 °C. A probabilidade da temperatura média neste período ser inferior ao percentil 20 é de 30 a 40%", lê-se no comunicado.
A previsão do IPMA não apresenta nenhum cenário para a precipitação, uma vez que não há nenhum dado que tenha significado estatístico.
Este cenário contrasta então com o relatório avançado pelo La Chaine Météo que aponta para um inverno frio, húmido e longo como responsável para que o verão de 2013 possa ser o mais frio dos últimos 200 anos.
Para sustentar a sua teoria, o canal de meteorologia francês lembra o verão do ano de 1816. Nesse ano as temperatura caíram entre 1ºC a 3ºC em toda a Europa Ocidental devido a erupção do vulcão Tambora na Indonésia, que lançou na atmosfera uma enorme quantidade de poeiras e cinzas, impedindo desta forma a passagem da luz solar. A acrescentar que tal erupção vulcânica ocorreu num período com menor atividade solar, designado de Mínimo de Dalton (entre 1790 e 1830).
No entanto, a agência meteorológica francesa - France Météo - não confirma as previsões do La Chaine Météo, sublinhando que neste momento "não é possível chegar a nenhuma conclusão".
Aconteça o verão como acontecer, para já parece ser difícil aos meteorologistas dar certezas sobre a evolução das temperaturas para a estação estival que se aproxima. Até porque como alerta o IPMA no comunicado que "a previsão sazonal deve ser analisada com reservas"