Há uma cascata nos Jardins de Versalhes a partir de hoje
Olafur Eliasson expõe a partir de hoje cinco obras no palácio e três nos jardins. Entre estas está uma cascata de grandes dimensões, cerca de 40 metros de altura, que foi colocada junto à fonte de Neptuno. A obra recupera uma antiga ideia do arquiteto destes espaços ao livre, André Le Nôtre, que, no entanto, nunca foi concretizada.
"A cascata reaviva o engenho da engenharia do passado", defende o artista numa nota divulgada pelo Palácio de Versalhes.
[artigo:5215663]
Outra grande peça é um véu de nevoeiro criado para o Bosquet de L'Etoile.
De orgens dinamarquesas e islandesas, Eliasson, 49 anos, criou instalações com espelhos e luzes que imprimem dramatismos aos salões do palácio do século XVII, onde viveram Luís XIV, o rei sol, e Maria Antonieta.
Conhecido sobretudo pelas suas obras tecnicamente audazes, Eliasson mostrou o seu trabalho The Weather Project, em 2003, na Tate Modern, em Londres, com um registo de visitantes a ultrapassar os dois milhões. Em 2008, mostrou e em Manhattan e Brooklyn o projeto The New York City Waterfalls, um conjunto de quatro grandes cascatas artificiais.
Alfred Pacquement, antigo quadro do Centre Pompidou, é o curador desta exposição, que pode ser vista até 30 de outubro.
Eliasson sucede nos jardins de Versalhes ao escultor britânico Anish Kapoor, cuja obra Dirtty Corner, foi vandalizada várias vezes e motivo de controvérsia (por se assemelhar a uma vagina), desde o primeiro minuto em que a exposição abriu ao público.
Desde 2008 que o Palácio de Versalhes abre as suas portas, e o jardim, à intervenção de artistas contemporâneos. O primeiro foi o norte-americano Jeff Koons, por lá passou também a portuguesa Joana Vasconcelos, a primeira mulher a expor neste lugar.