Afinal, Greta Thunberg chega à Doca de Santo Amaro às 8:00 de terça-feira

A ativista sueca chega amanhã pelas 8:00 à Doca de Santo Amaro, em Lisboa, e será recebida pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina. Greta Thunberg ficará apenas algumas horas para depois seguir por comboio para participar na COP 25 de Madrid.
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A ativista ambiental sueca Greta Thunberg anunciou a sua chegada a Lisboa na sua conta no Twitter, mas ao contrário do que estava previsto não irá atracar na Doca de Alcântara, mas sim na Doca de Santo Amaro, junto à Gare Marítima de Alcântara, às 8:00, na manhã de terça-feira, dia 3 de dezembro. A informação foi dada ao DN por Francisco Ferreira, da Associação Ambientalista Zero, que está a organizar a passagem dela por Portugal.

Greta Thunberg vai ser recebida pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, estará algumas horas em Lisboa e depois partirá para a capital espanhola para participar na cimeira sobre as Alterações Climáticas (COP25).

"Dia 18. Estamos a caminho da Europa. O dia previsto para a chegada é terça-feira de manhã. Vamos chegar à Doca de Alcântara, Lisboa. Esperamos encontrar-vos aí!", refere a jovem ativista, de 16 anos, em mensagem no Twitter.

Em comunicado enviado à Lusa, a ZERO (Associação Sistema Terrestre Sustentável) divulgou a mensagem de Greta Thunberg, que atravessou o Atlântico de veleiro.

Greta Thunberg foi convidada também para estar presente numa sessão na Assembleia da República, mas não confirmou ainda a sua presença e nos últimos dias surgiram indicações, não oficiais, de que a jovem sueca não irá ao Parlamento.

A antecipar essa possibilidade, o presidente da comissão parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, o bloquista José Maria Cardoso, disse este sábado ao jornal Público que vai propor que a comissão que lidera se desloque ao Porto de Lisboa para receber a ativista sueca na sua curta passagem por Portugal.

A COP25, que se realiza de 2 a 13 de dezembro, foi transferida de urgência, em 1 de novembro para Madrid, depois de o Chile ter anunciado que renunciava à sua organização, devido a um movimento de contestação social sem precedentes no país.

A transferência foi proposta pelo chefe do governo socialista espanhol, Pedro Sánchez, para "garantir" a realização do encontro, apesar do enorme desafio logístico que isso implicava: preparar em apenas um mês um evento que vai reunir 25.000 participantes de cerca de 200 países, entre diplomatas, ONG (organizações não governamentais) e cientistas.

A cimeira sobre Alterações Climáticas realiza-se anualmente numa região diferente do mundo, tendo calhado desta vez à América Latina a sua organização, depois da última vez ter tido lugar no leste Europeu, mais precisamente na Polónia.

Inicialmente, a conferência deveria ter-se realizado no Brasil, mas, acabado de ser eleito Presidente, Jair Bolsonaro renunciou em novembro de 2018 à sua organização devido a "restrições fiscais e orçamentais", tendo o Chile assumido a presidência do evento.

Greta Thunberg cruzou o Atlântico no seu veleiro para participar numa cimeira prévia da ONU em Nova Iorque (convocada pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em setembro passado) e na COP25 no Chile, mas a alteração inesperada do local obrigou-a a voltar a embarcar, desta vez num catamarã, para fazer a viagem ao contrário e chegar a tempo a Madrid, sem ter de apanhar um avião, e com passagem por Lisboa.

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