GP de Portugal esteve em risco, mas irá manter-se no calendário em 2024
O Grande Prémio de Portugal de MotoGP esteve em risco, mas foi salvo e vai continuar no calendário do mundial de velocidade em 2024. Tal como noticiado pelo DN em primeira mão, a prova que irá decorrer no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, no dia 24 de março.
A corrida foi oficializada numa conferência de Imprensa do CEO do recinto algarvio, Paulo Pinheiro, que contou com o piloto português Miguel Oliveira da RNF Aprilia. O piloto português espera que em 2024 os portugueses possam voltar a vibrar com um bom resultado seu no Grande Prémio de Portugal. "É o único Grande Prémio onde posso correr em casa e sendo o único português dá sempre uma motivação extra para conseguir um bom resultado aqui. Já ganhei no passado, mas tive mais Grandes Prémios para esquecer do que para me lembrar aqui em Portimão. Portanto espero que 2024 seja um ano para lembrar pelos bons motivos", disse o piloto, que vai falhar a última prova do Mundial de 2023, este fim de semana, em Valência, devido a lesão.
Miguel Oliveira ira manter-se na RFN Aprilia que sofreraá uma mudança radical já amanhã e econheceu o trabalho difícil de manter o MotoGP em Portugal e destacou o que o País e a região do Algarve ganham com isso: "Só tenho palavras de agradecimento para todas as pessoas e entidades, a equipa do Autódromo, para manterem a prova do MotoGP. Para nós pilotos é um prazer virmos ao Algarve, corremos aqui e espero que em 2024 seja uma prova bem sucedida."
O GP de Portugal estava como a segunda corrida de 2024, segundo o calendário provisório divulgado pela organização do MotoGP, em setembro, mas só hoje ficou fechado e com ajuda da organização do circuito de Valência, onde este fim de semana decorre a última prova do mundial de motociclismo.
Depois de abrir o circuito em 2023, o AIA deixará de ter honras de abertura, mas irá manter-se no calendário, que no próximo ano terá 22 corridas, com a estreia do Cazaquistão e o regresso do GP de Aragão. Será a segunda corrida do ano, entre os dias 22 e 24 de março. O campeonato arrancará em 10 de março, no Qatar, e termina em 17 de novembro, em Valência, em Espanha.
Paulo Pinheiro lembrou que a realização de uma prova com a dimensão do MotoGP, custa cerca de 1,5 milhões de euros, o que "exige uma colaboração forte de várias entidades públicas e privadas para reunir todos os apoios". E, por vezes é difícil reunir num curto espaço de tempo todas as garantias para assegurar o sucesso do evento. O que, desta vez, "só foi possível com o empenhamento da Região de Turismo do Algarve, dos municípios algarvios e de várias entidade públicas e privadas, com a colaboração da Dorna [gestora do Mundial]".
Paulo Pinheiro adiantou ainda que o objetivo "é o de assegurar uma ronda anual de MotoGP em Portimão", decorrendo negociações com vários parceiros "para garantir a sua contratação por períodos de três anos".
Ao DN, o português que lidera a Federação Internacional de Motociclismo (FIM) remeteu responsabilidades para o Governo português. Não digo muito mais do que isso. A verdade é que não foi fácil. As pessoas não têm noção do que se passa para se conseguir garantir este Grande Prémio", atirou Jorge Viegas, dando os parabéns a Paulo Pinheiro por "nunca ter desistido" de ter MotoGP em Portimão.
Francesco Bagnaia (Ducati) poderá sagrar-se campeão mundial de MotoGP pela segunda vez no sábado, na corrida sprint do Grande Prémio da Comunidade Valenciana. Basta fazer mais quatro pontos do que o espanhol Jorge Martín (Ducati).
Bagnaia chega à 20.ª e última prova da temporada com 21 pontos de avanço para o piloto espanhol, quando estão ainda um máximo 37 em disputa, 12 no sábado (na corrida sprint) e 25 no domingo (na corrida principal). O campeão, que à 10.ª prova, na Áustria, tinha 62 pontos de vantagem e parecia ter o bicampeonato bem encaminhado, chega a Valência com 437 pontos, contra os 416 de Martín.
No primeiro dia de atividades da última corrido do ano, Maverick Viñales quebrou o recorde da pista do circuito Ricardo Tormo - de 2016 de Jorge Lorenzo. Francesco Bagnaia e Jorge Martín deram espetáculo nos últimos minutos da sessão. O espanhol optou por seguir deliberadamente o italiano, que não fez melhor que um 15º lugar e terá que passar pelo Q1 na manhã deste sábado. Martín foi segundo atrás de Viñales. Johann Zarco foi o terceiro, na frente de Fabio di Giannantonio e Marco Bezzecchi no top 5.
Sem o lesionado Miguel Oliveira, Luca Marini, Álex Rins e Pol Espargaró foram outros que sofreram acidentes durante a sessão e terão que passar pelo Q1. Com dores no pescoço após uma queda no primeiro treino do dia, Joan Mir não participou deste treino e será reavaliado.
* notícia atualizada, depois do anúncio oficial.