Fundos europeus seguram crescimento da economia portuguesa

Comissão Europeia apresenta um cenário menos otimista para a economia nacional, numa altura em que a Zona Euro está afetada por várias "sombras"
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O crescimento da economia portuguesa deverá abrandar ao longo dos próximos dois anos refletindo um ambiente externo menos favorável, assume a Comissão Europeia.

Nas suas previsões de Verão, Bruxelas diz que o PIB deverá avançar 1,7% nos próximos dois anos, suportado no investimento "mantido pela absorção do ciclo de fundos da UE".

"O crescimento do PIB vai abrandar durante o horizonte da projeção devido a um ambiente externo menos favorável. O crescimento do consumo privado também deverá abrandar, enquanto o investimento deverá acelerar, devido maioritariamente à absorção dos fundos da UE", refere o documento libertado esta quarta-feira.

De forma geral, diz a Comissão Europeia, a previsão é menos optimista. Há "maior volatilidade na produção industrial e na balança comercial".

Bruxelas assume que a inflação se irá manter significativamente abaixo da média da UE, abrandando do valor de 0,7% obtido em junho. E realça que o impacto da inflação está a ser amortecida pelo petróleo barato e pelo valor reduzido dos transportes públicos.

O aumento salarial, adianta ainda o coletivo europeu, é superior à inflação, mas o seu impacto na procura também é amortecido pelo abrandamento do mercado de trabalho.

Em relação aos preços, Bruxelas faz ainda nota à habitação. "O aumento gradual da oferta de casas deverá contribuir para uma moderação dos preços da habitação, mas o ritmo de ajustamento será lento".

A Comissão Europeia espera para 2019 o sétimo ano consecutivo de crescimento "com todas as economias dos Estados-membros a avançarem". Na zona euro o crescimento será mais forte do que o previsto no primeiro trimestre deste ano por Bruxelas.

(Em atualização)

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