Festival ao Largo começa em Lisboa a 9 julho

O espetáculo Batidas do destino, com a meio-soprano portuguesa Cátia Moreso, abre, no dia 9 de julho, no Largo de S. Carlos, em Lisboa, a 13.ª edição do Festival ao Largo. E no programa vai ter músicas do filme Star Wars
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O espetáculo apresentará a composição que o compositor espanhol Manuel de Falla (1876-1946) estreou para orquestra sinfónica e meio-soprano do seu bailado El amor brujo.

Com direção musical da maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP), Joana Carneiro, no espetáculo será ainda interpretada a Sinfonia n.º 5 de Beethoven, também conhecida como "Sinfonia do destino".

"Batidas do destino", tal como todos os espetáculos desta edição do Festival ao Largo, começa às 21:00.

Uma das novidades da edição deste ano do Festival ao Largo consiste na realização de um espetáculo na sala principal do Teatro Nacional de S. Carlos -- "Música para cinema" -- a realizar nos dias 16 e 17 de junho.

O espetáculo terá transmissão para o Largo de S. Carlos através de um ecrã (bem como na RTP 2) e foi uma forma de abrir o teatro a outros públicos, numa iniciativa de "democratização", disse à agência Lusa a diretora artística do S. Carlos, Elisabete Matos.

A responsável da instituição acrescentou tratar-se também da forma encontrada para que o espetáculo fosse visto por mais público, já que a lotação de lugares no largo do teatro está limitada a 200 pessoas.

Neste espetáculo, a OSP e o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, sob direção musical de António Pirolli, interpretarão composições de John Williams (1932), Ennio Morricone (1928-2020) e Leonard Bernstein (1918-1990).

Imperial march, Duel of the fates e Hymn to the fallen são algumas das composições de John Williams para os filmes Guerra das estrelas a interpretar no espetáculo.

De Ennio Morricone podem ouvir-se temas como "Deborah´s theme", de "Era uma vez na América", entre outros, enquanto de Leonard Bernstein ouvir-se-á "Selections for orchestra" do filme "West side story".

"Agora muda tudo", um ciclo de 12 canções para voz e ensemble com música de Nuno Côrte-Real a partir de poemas de José Luís Peixoto, é o espetáculo de dia 12.

O espetáculo, que se estreou em Torres Vedras e está gravado em disco, tem como solista a cantora Maria João enquanto na música está o Ensemble Darcos.

Para 13 de julho, a proposta é "Da opereta à canção napolitana", com a soprano Dora Rodrigues e o tenor Marco Alves dos Santos e interpretação musical a cargo da Orquestra Sinfónica do Conservatório Regional de Artes do Montijo.

"Paisagens ibero-americanas" é o espetáculo de dia 14, com composições de Abel Ferreira, León Cardona, Astor Piazzolla e Carlos Gardel, entre outros.

António Saiote no clarinete, Artur Caldeira nas guitarras, Daniel Paredes na guitarra clássica e Carlos Meireles na voz são os intérpretes deste concerto.

No dia seguinte, é a vez de "Fado canção e guitarradas", um espetáculo a interpretar pelo ensemble Lusitânia V, que interpretará canções conhecidas, desta vez com arranjos e adaptações de Jorge Varrecoso.

Nos dias 22, 23 e 24 de julho é a vez de a Companhia Nacional de Bailado (CNB) se apresentar no Largo do S. Carlos para interpretar obras recentes do repertório da companhia.

A companhia dançará temas que vão de "Shostakovitch Pas-de-deux", de Yannick Boquin, a "O canto do cisne", de Clara Andermatt, ou "The future" do coreógrafo Hans van Manen.

A 27 e 28 de julho é a vez de os Estúdios Victor Córdon apresentarem "Território IV".

O espetáculo "Território IV" traz a Portugal o coreógrafo britânico Wayne McGregor e o coreógrafo emergente israelita Shahar Binyamini.

"Território IV" é um espetáculo em que 12 jovens bailarinos vindos de escolas de dança de todo o país desenvolveram trabalho com coreógrafos de projeção internacional.

Tal como no ano passado, a edição deste ano do festival também contempla a transmissão via 'streaming' de espetáculos integrados na programação.

Questionada sobre o regresso do Festival ao Largo ao Largo de S. Carlos -- em 2020 realizou-se no Palácio Nacional da Ajuda -, Elisabete Matos disse ser "uma grande alegria poder voltar à origem e à essência do que é o festival".

"Aquilo que foi pensado da minha parte, a nível de programação, foi a valorização dos nossos corpos artísticos -- a Orquestra Sinfónica Portuguesa, o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, os nossos maestros titular e convidado principal, os solistas que connosco trabalham, cantores e músicos no sentido de apresentar numa pluralidade de propostas dentro das possibilidades dos espetáculos disponíveis".

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