Família de Seabra queixa-se de falta de informação
O discurso da família de Renato Seabra é de tristeza, mas também de indignação. Quase um mês volvido sobre a fatídica sexta-feira em que Carlos Castro foi assassinado, 7 de Janeiro, e o manequim se tornou no autor confesso deste homicídio, o cunhado, José Malta, revela ao DN que as autoridades nunca apresentaram explicações sobre o caso.
"A família não só nunca foi notificada oficialmente (ou seja, pelas autoridades oficiais) de onde está o Renato - soube pela televisão - como nunca foi informada de nada relativamente ao processo judicial em que ele está envolvido", declara o marido de Joana Seabra, irmã do manequim. Este farmacêutico acrescenta ainda que, no que ao estado de saúde do modelo diz respeito, "a informação que chega é escassa ou nula". Daí, sublinha José Malta, a necessidade de a família obter rendimentos de forma rápida para que "a mãe [Odília Pereirinha] possa ir ter com ele".
Este familiar remete-se ao silêncio quando inquirido sobre a estratégia que vai ser tomada pelo advogado de Renato Seabra, David Touger, a partir desta fase, em que o caso segue para julgamento. "O que sei é que essa matéria de investigação, apuramento de toda a verdade e processo judicial de Renato está a ser tratada da melhor forma possível pelos advogados da família em Portugal [Paula Fernandes] e nos EUA", informa José Malta. Até ao fecho desta edição não foi possível falar com a causídica que tem acompanhado a família Seabra, em Cantanhede.
O manequim vai permanecer na ala prisional no Hospital Bellevue e só será transferido para a prisão de Rikers Island após autorização dada pelos psiquiatras que o têm avaliado.