Estudo sugere que beber água pode ajudar a prevenir risco de insuficiência cardíaca

Quantidade recomendada de líquidos para homens é de cerca de 3,7 litros, enquanto para mulheres é de 2,7 litros
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Beber oito copos de água por dia ao longo da vida pode ser o segredo para reduzir o risco de insuficiência cardíaca 25 anos depois, de acordo com uma nova investigação.

As descobertas, apresentadas a 24 de agosto no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia de 2021, sugerem que manter uma boa hidratação pode desacelerar ou até mesmo evitar alterações no coração que levam à insuficiência cardíaca, disse a autora do estudo, Natalia Dmitrieva, investigadora do National Heart, Lung, and Blood Institute, que pertence ao National Institutes of Health (NIH) de Bethesda, Maryland, nos Estados Unidos.

"As descobertas indicam que precisamos prestar atenção à quantidade de líquido que consumimos todos os dias e agir se acharmos que bebemos muito pouco", afirmou, em comunicado.

De acordo com as Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina norte-americanas, a quantidade recomendada de líquidos para homens é de cerca de 3,7 litros, enquanto para mulheres é de 2,7 litros, o que é válido para todas as bebida e até mesmo alimentos - 20 por cento da ingestão de líquidos surge a partir de alimentos sólidos - e não apenas água.

Uma forma de medir a hidratação é por meio do sódio sérico. Quanto menos líquidos alguém beber, maior será a concentração de sódio sérico. O sódio sérico acima da "faixa normal" de 135-145 mmol/l indica desidratação.

"No entanto, a concentração sérica de sódio permanece dentro de uma determinada faixa durante um longo período, o que provavelmente está relacionado com o consumo habitual de líquidos", frisou Dmitrieva.

A insuficiência cardíaca ocorre geralmente quando o coração fica muito fraco ou rígido e causa falta de ar, fadiga e pernas e inchaços nos tornozelos.

Para este estudo, os investigadores realizaram análises a 15 792 adultos com idades entre 44 e 66 anos. Os participantes foram divididos inicialmente em quatro grupos, mediante a concentração média de sódio sérico de cada indivíduo. Para cada grupo, a equipa analisou a proporção de participantes que desenvolveram insuficiência cardíaca nos 25 anos seguintes.

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