Estudo: 3 em 4 condutores usam o automóvel diariamente

78% dos inquiridos usam-no nas deslocações casa-trabalho, sobretudo quando têm de levar crianças à escola ou jardim-de-infância
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Foi divulgado esta terça-feira, pelo Automóvel Club de Portugal, o primeiro grande estudo feito aos condutores portugueses. Faz parte do Observatório ACP, que foi hoje também apresentado, e que consiste num centro de estudos e debate de temas relacionados com a mobilidade, a segurança rodoviária e os comportamentos dos utilizadores da rede rodoviária. Uma das conclusões da pesquisa é a de que "os portugueses estão cada vez mais adeptos do carro", sendo que "três em cada quatro condutores, conduzem diariamente". E 47% destes faz "entre 50 a 200 km por semana".

O estudo pretendeu responder às perguntas: "Quem são os condutores portugueses? Que tipo de veículo utilizam nas suas deslocações? Quantos quilómetros percorrem anualmente? Que perceção têm dos transportes públicos e porque não os utilizam com maior frequência? O que pensam da segurança rodoviária e do estado das estradas? Que medidas defendem?".

Para traçar este perfil, foram analisados os padrões de mobilidade, o parque automóvel, o comportamento dos condutores e as medidas que defendem, a partir de 6560 inquéritos realizados entre abril e julho de 2017. Os inquiridos são maiores de 18 anos e possuem carta de condução, sendo 52% mulheres e 48% homens.

Em relação aos padrões de mobilidade, o estudo conclui que "os portugueses estão cada vez mais adeptos do carro", sendo que "três em cada quatro condutores conduzem diariamente, sendo, também, a quase totalidade, condutores de veículos ligeiros: "47% dos condutores faz entre 50 a 200 km por semana".
As razões apontadas para o uso do carro em detrimento dos transportes públicos - 78% dos inquiridos opta por usar o automóvel nas suas deslocações casa-trabalho, - prende-se com a sua flexibilidade, sobretudo quando há percursos intermédios, como levar crianças à escola ou jardim-de-infância.

No que diz respeito ao comportamento ao volante, a maioria dos condutores (57%) já foi mandada parar pelas brigadas de trânsito e 24% dos condutores afirma que a condução dos portugueses está melhor do que há dois anos, "sobretudo devido ao maior rigor das leis e das autoridades".


O uso do telemóvel durante a condução revelou-se preocupante, enquanto fator de distração: 47% dos inquiridos admite falar ao telemóvel enquanto conduz.

Outra das conclusões do estudo é a de que "35% dos condutores afirma ter pouca informação sobre a carta por pontos", embora a maioria
(54%) admita que esta medida irá melhorar o comportamento dos condutores.

O estudo da ACP revela ainda que 41% dos veículos usados pelos portugueses tem mais de 10 anos.

A Coordenação Científica do Observatório ACP é assegurada por Fernando Nunes da Silva, Professor Catedrático do IST.

O Observatório ACP é constituído por um Conselho Consultivo, que reúne as seguintes instituições: ANTROP Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros; APCAP Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Auto-Estradas ou Pontes com Portagens; APVE Associação Portuguesa do Veículo Elétrico; FPC Federação Portuguesa de Ciclismo; FPCUB Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta; IP Infraestruturas de Portugal; PRP Prevenção Rodoviária Portuguesa; PSP Polícia de Segurança Pública e Quercus Associação Nacional de Conservação da Natureza.

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