Especialista alerta que frio aumenta o risco de falsos positivos em autotestes
As temperaturas mais frias aumentam o risco de um autoteste com um resultado falso positivo, alerta o professor belga Herman Goossens.
"Conserve e faça o seu autoteste numa temperatura ambiente", recomendou esta terça-feira em colunas de opinião dos jornais do grupo Mediahuis, que detém órgãos de comunicação social na Bélgica, no Luxemburgo, nos Países Baixos e na República da Irlanda.
O cientista, que liderou a task force da testagem na Bélgica até setembro, ficou surpreendido quando todos os familiares que convidou para uma festa de Natal testaram todas "positivo fraco", ainda fora de casa, a 8º C. Quando todos repetiram os testes numa temperatura ambiente, todos testaram negativo.
"Cuidado com os resultados falsos positivos no inverno. É um problema identificado", escreveu no Twitter.
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Por "problema identificado", o microbiologista refere-se a um estudo que ele mesmo encomendou no início deste ano e que "mostrou que autotestes realizados a temperaturas entre 2 e 4º C deram falsos resultados positivos".
"O facto de que isso possa também acontecer a 8º C é que me surpreende", admitiu Goossens, que diz que as causas destes resultados errados não são claras.
"Talvez ocorra uma reação química em certas temperaturas e causa esse resultado. Não tem nada a ver com o vírus. Mas ainda é muito incerto", referiu o cientista, que recomenda a todos os que armazenem e realizem os autotestes apenas à temperatura ambiente.
"Mantenha o autoteste no armário onde guarda outros medicamentos. Portanto, também não muito quente, porque sabemos que os autotestes perdem a sensibilidade com temperaturas acima de 37º C", explicou.
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