EMEL atrasa-se no alerta aos cidadãos e culpa operadoras
Este sábado, a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), a Proteção Civil municipal e a autarquia da capital entenderam necessário enviar um comunicado aos cidadãos, onde aconselhavam que se mantivessem em casa a partir das 18.00 do mesmo dia, devido à chegada do furacão Leslie a Portugal. Contudo, a mensagem só chegaria muitas horas depois à maioria dos destinatários.
A EMEL remeteu a responsabilidade para as operadoras por "eventuais atrasos que possam ter ocorrido no respetivo envio". A Câmara Municipal de Lisboa (CML) reconheceu os atrasos, admitindo que a mensagem se tornou "ineficaz".
As queixas já são muitas e já foram até partilhadas nas redes sociais. Com duas ou até quase 24 horas de atraso, a mensagem foi chegando aos cidadãos, que não foram brandos nas críticas à entidade responsável pelo envio.
Num esclarecimento enviado ao DN, fonte oficial da CML disse ter existido uma reunião, no sábado à hora de almoço, com "todos os serviços municipais envolvidos na proteção da cidade", da qual se concluiu que se divulgaria um comunicado à população através da comunicação social e nas redes sociais da autarquia pelas 15.30.
As entidades competentes consideraram ainda necessário enviar um alerta via SMS para todos os cidadãos de Lisboa, que acabaria por chegar a muitos com horas de atraso. A autarquia disse que "o sistema utilizado demorou a processar o envio, saindo em lotes e com atraso manifesto, alguns durante a manhã (de domingo), sendo nesse momento ineficaz".
Em conferência de imprensa, o comandante nacional da Proteção Civil, Duarte Costa, disse que a entidade não teve qualquer responsabilidade no envio da SMS. Tratou-se de uma decisão das autoridades do município.