EUA ordena saída do pessoal não essencial da Ucrânia
A embaixada dos Estados Unidos em Kiev ordenou este sábado a retirada do seu pessoal não essencial, depois de Washington ter alertado para a iminência de uma ofensiva russa contra a Ucrânia.
Hoje, o Departamento de Estado ordenou a partida de funcionários norte-americanos não essenciais devido aos contínuos relatos de uma acumulação militar russa na fronteira com a Ucrânia, indicando a "possibilidade de uma ação militar significativa", anunciou a embaixada em Kiev na rede social Twitter.
Na sexta-feira, os Estados Unidos apelaram aos seus cidadãos para deixarem a Ucrânia o mais rapidamente possível, um apelo que foi seguido por outros países, incluindo os Países Baixos, Canadá, Austrália, Japão, Israel, Bélgica e Alemanha.
Também o Reino Unido exortou os cidadãos britânicos a deixar o país, alertando que não poderá depois retirá-los caso a Rússia invada a Ucrânia. Este sábado, em declarações à BBC, o secretário de Estado das Forças Armadas, James Heappey, avisou que "devem sair agora", enquanto há meios comerciais para o fazerem ou mesmo de carro pelos países vizinhos.
Na sexta-feira o governo de Boris Johnson já tinha pedido que os seus cidadãos saiam o mais rápido possível do país.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros também atualizou a sua página de conselhos de viagem para alertar contra qualquer viagem à Ucrânia.
Heappey disse hoje que a recomendação do Governo a esse respeito foi modificada porque a Rússia poderia atacar "sem aviso".
"Agora temos certeza de que os sistemas de artilharia, os sistemas de mísseis (...) estão prontos para permitir que a Rússia lance um ataque sem aviso, um ataque à Ucrânia", afirmou Heappey.
Também as tropas britânicas que ajudam os ucranianos com treino militar deixarão aquele país durante este fim de semana: "Não haverá tropas na Ucrânia se houver um conflito lá", frisou.