É o fim de um mito. Afinal, telemóveis não destroem os cartões
Um estudo da Deco/Proteste revela que os telemóveis não são a causa principal para que um cartão deixe de funcionar, que "é uma probabilidade mínima", e que isso só poderá acontecer com os cartões de banda magnética.
Só esses "são suscetíveis de ter a sua informação adulterada ou apagada com alguma facilidade, por ação de campos magnéticos", referem os técnicos da associação de consumidores. É nessa banda que está toda a informação que precisa de ser lida
Os que têm chip eletrónico e os de proximidade não sofrem influência.
E, mesmo com os cartões magnéticos, há outros objetos do dia-a-dia com mais culpas no cartório por incluírem ímans: os fecho de malas e carteiras, as capas para telemóveis com fechos magnéticos, os suportes magnéticos para telemóveis, etc. "Quando em contacto ou muito próximos da banda magnética, estes poderão ser responsáveis por os cartões deixarem ser lidos", explica a Deco.
Os telemóveis também têm íman em alguns componentes, como o auscultador, o altifalante ou o motor responsável pela vibração, "mas os campos magnéticos criados são muito fracos para desmagnetizar os cartões".
Além de que, hoje em dia, as empresas, como os bancos, estão a optar por outros modelos de cartão que guardam a informação em outros dispositivos.
Os cartões com chip eletrónico armazenam dados "com mais segurança do que a banda magnética". E os de proximidade, em que basta estarem junto a um sistema de leitura compatível para funcionarem. Os mais comuns são os cartões bancários contactless, que não necessitam da introdução do pin para despesas até 20 euros ou os dos transportes públicos.
Os técnicos da Deco sublinham que as principais causas para os cartões deixarem de funcionar são "riscar, molhar ou dobrar os cartões de banda magnética; exposição prolongada ao sol; sujidade, sobretudo no caso dos cartões com chip".