Duas novas galerias portuguesas na ARCO Madrid
Pedro Alfacinha e Madragoa, ambas de Lisboa, são as duas galerias de arte portuguesas que se estreiam na 36.ª edição da ARCO Madrid, a feira de arte contemporânea que acontece em Madrid a partir de quarta-feira.
Duas entre 13 galerias portuguesas, "duas mais do que há um ano", nas contas e palavras da galerista Vera Cortés, ontem, na embaixada de Espanha em Portugal, na conferência de imprensa de lançamento da feira de arte contemporânea, na qualidade de membro do comité organizado da ARCOMadrid.
Como galerista Vera Cortés repete presença no programa geral da ARCO com as portuguesas 3+1 Arte Contemporânea, Baginski, Cristina Guerra Contemporary Art, Filomena Soares, Graça Brandão, Pedro Cera, Múrias Centeno, Quadrado Azul e Mário Sequeira.
A estes espaços juntam-se "os emergentes, com menos de sete anos", como descreveu o diretor da ARCO, Carlos Urroz, convidados para a secção Opening, a partir da seleção de Juan Canela e de Stefanie Hessler. Fala das galerias Pedro Alfacinha e Madragoa e da Kubik, do Porto, que marca presença pela terceira vez. Este ano, apresenta a instalação A Propósito de Alvão da artista galega Carme Nogueira (Vigo, 1970). Trata-se de um trabalho que já esteve nos jardins do Palácio de Cristal e que evoca a exposição colonial de 1934. A artista estabeleceu contactos com agentes culturais e público, dos quais nasceu um vídeo que estará na ARCO, assim como parte da instalação, fotografias e desenhos, explicou fonte da Kubik.
A presença portuguesa completa-se com entrega do prémio de colecionismo à Fundação EDP pela "sua coleção de arte contemporânea portuguesa", justificou o Eduardo López-Puertas, diretor da IFEMA - Feira de Madrid, e a presença do diretor artístico do Museu Reina Sofia, João Fernandes, no 6º encontro de Museus da Europa e da América Latina, e de Miguel Amado, curador do Middlesbrough Institut of Modern Art, num encontro sobre a função social da arte e das suas instituições. Filipa Oliveira, diretora artística da Fundação Eugénio de Almeida, Suzanne Cotter, diretor do Museu de Serralves e o comissário independente Miguel Von Hafe também passam por Madrid.
Eduardo López-Puertas defende a ARCO como plataforma de "promoção do colecionismo". Carlos Urroz diz que 300 colecionadores privados estão convidados para a feira, além dos institucionais, como bancos e empresas.
Pelos pavilhões 7 e 9 espalham-se 200 galerias, de 27 países. Destas, 127 fazem parte do programa geral, 42 dividem-se por secções como Opening (18 galerias), Diálogos (12 galerias) e Argentina/ Plataforma ARCO,em representação de 12 galerias da Argentina, o país convidado deste ano, aquele que "por diferentes motivos não tinha sido convidado, apesar de ser o país como mais tradição de arte na América Latina", segundo Carlos Urroz, frisando as boas relações políticas que se vivem hoje entre Espanha e o novo presidente, Mauricio Macri, que estará na feira no dia 23.
A ARCO realiza-se entre 22 e 26 de fevereiro, entre as 12.00 e as 20.00. Quarta e quinta-feira são dedicados aos profissionais. Depois, a entrada custa 40 euros, exceto no domingo (30 euros). Em maio, de 18 a 21, a ARCO volta à Cordoaria Nacional, em Lisboa, num formato semelhante ao de 2016.