Dez detidos e cem identificados por posse ilegal de armas

PSP apreendeu um número considerável de armas a indivíduos com um "significativo" historial de crimes violentos. Buscas decorreram no Porto, Gondomar e Paredes, no âmbito do novo regime de armas e munições
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Nove homens e uma mulher com idades entre os 18 e os 48 anos foram detidos e cerca de cem pessoas identificadas, no âmbito de uma operação especial de prevenção criminal da PSP do Porto que resultou ainda na apreensão de uma grande quantidade de armamento em situação ilegal.

Durante a acção, intitulada "Fidúcia", foram efectuadas 32 buscas nos bairros do Cerco, Ilhéu e São João de Deus, no Porto, e em residências várias nas cidades de Gondomar e Paredes.

Os agentes apreenderam cinco caçadeiras, um revólver, uma besta, dois silenciadores, seis espingardas de pressão de ar, 13 armas brancas, três réplicas de arma de fogo, quatro armas de alarme, três bastões, 627 munições, 481 artigos de vestuário contrafeito e pólvora para enchimento de cartuchos.

Um "número muito significativo" destes indivíduos conta com outras actividades delituosas no seu cadastro criminal, tendo muitos deles cumprido "pena por outros crimes e com um histórico de violência muito significativo, que inclui ameaças com armas", explicou ao DN o comissário Marco Teixeira, da Divisão de Investigação Criminal do Comando Metropolitano do Porto da PSP, ressalvando, no entanto, que não é a esses factos que se refere esta investigação, que durava há cerca de cinco meses.

Para além dos agentes policiais afectos à investigação criminal também intervieram nesta operação elementos pertencentes à Unidade Especial de Polícia. Os detidos foram presentes junto da autoridade judiciária para aplicação das medidas de coacção.

Marco Teixeira adiantou ainda que a operação "Fidúcia" decorreu no âmbito do novo regime de armas e suas munições, que permite a realização de buscas para apreender armas em situação ilegal. "Conseguimos elencar uma série de potenciais pessoas que pudessem ter armas no seu domicílio e, em função dos indícios recolhidos, procedemos às detenções", afirmou o comissário ao DN.

A nova Lei das Armas agrava as penas para crimes com recurso a armas, estando previstas sanções mais pesadas para este tipo de crimes em um terço nos seus limites mínimos e máximos. Ainda segundo a lei, quem vender ou ceder armas sem autorização é punido com uma pena de dois a 10 anos de prisão.

Entre 2005 e 2008, de acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna de 2008 elaborado pelo Ministério da Administração Interna (MAI), as armas de fogo apreendidas, entregues ou recuperadas alcançaram o número de 15 700, a que deverão somar-se 2300 armas perdidas a favor do Estado.

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