Foi ao regressar a casa em Donelo, Sabrosa, depois de uma excursão ao Minho organizada pelo Núcleo da Cruz Vermelha de Sabrosa, que Liliana Catarina Santos, de 26 anos, perdeu a vida às mãos do marido José Manuel Melo Fernandes, de 36 anos, madeireiro, que a atingiu a tiro de caçadeira quando eram exactamente 22.00..O móbil do crime estará relacionado com o facto de há três semanas no estado de Minas Gerais, no Brasil, para onde o casal tinha emigrado em Agosto de 2008, Liliana ter fugido para a Delegação de policia local dizendo que o marido a teria agredido. Segundo contou à polícia na altura as agressões seriam frequentes. A policia brasileira prendeu José Manuel e entregou a mulher na Embaixada de Portugal que entretanto a reencaminhou para Portugal. Segundo o DN apurou, o presumível homicida esteve uma semana detido pela autoridades brasileiras, tendo sido expulso..Já em Portugal, Liliana foi para casa dos Pais em Donelo, Sabrosa, juntamente com a filha mais nova do casal ,Viviane, de 9 meses, ficando os outros dois filhos de dois e cinco anos em Provesende com a sogra..O pai de Liliana, Manuel Firmino, conta que desde o regresso a Portugal que José Fernandes telefonava a ameaçar a filha, prometendo vingança por esta a ter denunciado à policia brasileira. "Nós não ligámos muito, pois ele sempre ameaçou a Liliana por tudo e por nada", recorda. Mas no sábado quando chegaram a casa vindos de Sabrosa, depois da excursão ao Minho, "ele estava emboscado atrás do portão da casa e, assim que parámos o carro, começou a disparar na direcção da minha filha tendo-a atingido nos braços e à minha neta que vinha ao colo da mãe no tórax".."Ela fugiu com a menina pela estrada abaixo, ele disparou de novo atingindo-a nas costas, tendo ela largado a menina. Mas continuou a correr pela estrada abaixo a escorrer sangue", contou o pai da vítima. Entretanto apareceu Maria Raquel Santos, irmã de Liliana, a quem esta pediu: "Salva a minha filha não a deixas morrer." .Nesse momento, José Manuel disparou sobre a cunhada, atingindo-a no pé. Liliana já se encontrava prostrada no pavimento mas ainda com vida, motivo pelo que o presumível homicida usando a coronha da caçadeira lhe despedaçou o crânio. "Foi horrível", diz Maria Raquel, acrescentando que "só lhe deixou de bater quando a coronha de madeira estava desfeita"..No local compareceram a GNR e os bombeiros de Sabrosa que transportaram o corpo de Liliana para a delegação do Instituto Medicina Legal de Vila Real a pequena Viviane de nove meses para o Hospital de Vila Real de onde foi transferida para o Hospital de S, João no Porto. No entanto ao fim do dia de ontem, o seu estado de saúde não inspirava cuidados e foi de novo para o Hospital de Vila Real, onde também foi assistida Maria Raquel, atingida num pé.