D. Maria, A Rainha Louca

Biografia
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Com uma linguagem simples, mas estruturada, e um ritmo invulgar em livros do género, a autora transporta-nos para a época de D. Maria I, ajuda-nos a compreendê-la e ensina-nos muito sobre o Portugal de então.

A opção por um índice quase académico não favorece o livro às primeiras impressões. Deixa pairar a suspeita de que se está diante de mais uma biografia em que a vida do biografado é secundarizada por exaustivas referências a histórias laterais, importantes num livro de História mas quase sempre supérfluos numa biografia.  

À medida que se avança pelas páginas, porém, percebe-se que houve o cuidado em manter uma proximidade constante com a figura de D. Maria. As referências a pessoas e acontecimentos marginais à mulher que ordenou a construção da Basílica da Estrela servem apenas de cor de fundo às pinceladas da mulher que dá corpo ao livro.

D. Maria I – A Rainha Louca é, como escreve Maria Helena Carvalho dos Santos, mais uma daquelas biografias que «estão a ensinar a História de Portugal a quem já a esqueceu ou nunca lhe achou graça». Mas não só. É também um bom exemplo de como uma documentada investigação histórica não é necessariamente sinónimo de um ritmo narrativo aborrecido.

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