CUF e Pingo Doce lançam livro de receitas para doentes oncológicos

Publicação nasce de uma pareceria entre as duas marcas e visa, através de uma alimentação equilibrada, promover a saúde.
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"A Saúde Alimenta-se". Este foi o mote de partida para a parceria entre a CUF e o Pingo Doce que quer promover a saúde através de uma alimentação equilibrada. Desta colaboração nasce o livro "Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos", que, a partir desta quinta-feira, vai estar à venda nas lojas daquela cadeia retalhista, pelo preço de 6,90 euros.

Ao Dinheiro Vivo, Ana Raimundo, a diretora Clínica da Oncologia da CUF, explica que o programa "A saúde alimenta-se" surgiu em abril de 2021 e que dentro dele verificou-se a importância de os doentes oncológicos terem bons hábitos alimentares. Ao serem aliados os conhecimento científico e experiência dos profissionais da saúde da CUF, e a experiência de profissionais de nutrição do Pingo Doce, surgiu a ideia do livro.

"Considerou-se que um livro, organizado pelos principais sintomas apresentados pelos doentes oncológicos e disponibilizar soluções concretas para os auxiliar nesses sintomas, é uma mais-valia para os doentes pois pode ajudá-los no seu dia-a-dia e de forma muito prática", diz a médica.

A publicação "procura apoiar os doentes, as suas famílias e os seus cuidadores, na gestão, através da alimentação, dos principais sintomas associados às diferentes etapas do cancro", detalha Ana Raimundo.

Nas páginas do "Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos" estão conselhos, formas de confecionar os alimentos e ainda sugestões de escolhas alimentares, que promovam uma melhoria do estado nutricional. E que tenham impacto "na função imunitária, na capacidade do organismo responder aos tratamentos e no controlo dos efeitos secundários, tão importante para a qualidade de vida dos doentes", resume a especialista.

O livro está ordenado de acordo com os principais sintomas associados ao cancro e tratamentos, entre os quais náuseas, perda de apetite e perda de peso. "De forma a simplificar a consulta de quem o utiliza, o livro conta com 100 receitas com os princípios da Dieta Mediterrânica, em consonância com os 10 principais sintomas", revela a diretora Clínica da Oncologia da CUF.

Segundo Ana Raimundo, a alimentação é um verdadeiro aliado tanto na prevenção, como no processo da doença oncológica. E, garante que é uma parte fundamental do tratamento destes doentes. "A associação entre a alimentação e o cancro está demonstrada em diversos artigos científicos", declara, detalhando que devem ser escolhidos alimentos variados e equilibrados. O que para além de ajudar a manter a saúde, auxilia ainda a diminuir o risco de desenvolver alguns tipos de cancro. E, ainda, a prevenir a obesidade, frisa a médica.

No entanto a inflação pode retrair a aquisição destes alimentos mais específicos. Ana Raimundo reconhece que "o orçamento das famílias para alimentação pode sofrer alterações", o que "não implica necessariamente repercussões negativas nos hábitos alimentares". Citando dados do "Barómetro FOOD 2022", aquela especialista refere que uma situação de inflação alta geralmente leva a um maior planeamento das refeições, e redução do desperdício.

"Acredito que com este planeamento seja possível fazer escolhas mais ponderadas sobre o que comemos e o impacto que os alimentos que escolhemos têm na nossa saúde", declara, alertando que ao escolher produtos frescos, devemos optar pelos artigos da época que "são mais saudáveis, ambientalmente sustentáveis e, tendencialmente, mais acessíveis, tendo em conta que há maior oferta".

De acordo com os dados do Registo Oncológico Nacional, Ana Raimundo diz que entre 2010 e 2019 a incidência da doença subiu quase 20%. "Só em 2019 foram diagnosticados quase 58 mil novos casos de cancro em Portugal".

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