Costa já mudou para o Intendente para melhorar a zona

O presidente da Câmara de Lisboa está já a trabalhar no novo gabinete do Largo do Intendente, num edifício reabilitado para incentivar a requalificação da zona e cujo arrendamento, de 5600 euros mensais, está pago por dez anos.
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Hoje, numa visita guiada ao imóvel, que integra a antiga fábrica de cerâmicas Viúva Lamego, António Costa (PS) explicou que, para "reduzir custos" foi negociado com o proprietário um pagamento antecipado que já contemplasse as obras que foram necessárias. Cada um dos 700 metros quadrados do edifício de três pisos custa oito euros, o que, numa década, representa 672 mil euros. O autarca só prevê, no entanto, permanecer no Intendente cerca de dois anos, período que espera ser necessário para quebrar o "ciclo vicioso" que a prostituição, a toxicodependência e a degradação dos prédios instituíram.

"Mais do que presença policial, o que dá segurança aos territórios é a sua ocupação pelas pessoas. A forma de transformar é dar confiança e segurança para que estes prédios devolutos passem a estar habitados com actividades económicas e pessoas que criem uma economia própria", explicou junto ao novo gabinete, que resultou de uma "intervenção minimalista" projectada por um arquitecto da câmara. O objectivo foi criar espaços abertos ou com divisórias amovíveis que permitam outras ocupações no futuro. Os trabalhos de recuperação do imóvel, que tinha até tectos a cair, incluíram também uma intervenção dos calceteiros do município para fazer um painel único à entrada.

Esperançado em conseguir "dar a volta" ao Largo do Intendente, António Costa sente que esta é uma "grande responsabilidade", tendo em conta as expectativas geradas na zona. "As pessoas estão muito satisfeitas. Vi na televisão que algumas ficaram menos contentes por anteciparem uma redução da actividade a que se têm dedicado, mas esse é um dos objectivos deste processo de regeneração do Intendente e da Mouraria", disse, acrescentando que a mudança não será "de hoje para amanhã". O trabalho mais difícil, apontou, será o desenvolvimento social, pelo que o município está a finalizar um plano com esse objectivo e que contou com 40 entidades da Mouraria e envolvente.

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