Cortes ainda só foram feitos por famílias e PME

Quase dois anos após a chegada da 'troika' a Portugal, apenas as famílias e as pequenas e médias empresas cortaram na despesa. Em contrapartida, Estado, empresas públicas e grandes empresas privadas continuam a aumentar os níveis de endividamento.
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O "Diário Económico" escreve na sua edição de hoje que "em abril de 2011 o país sofria o seu terceiro resgate internacional no espaço de pouco mais de 30 anos. Nas palavras políticas, internas e externas, os portugueses estavam a "viver acima das suas possibilidades". O Estado gastou mais do que o país produzia e as famílias anteciparam rendimentos futuros em prol do consumo imediato. Havia pois que desalavancar, deixar de viver com base num individamento sem paralelo com o rendimento esperado. Mas passados quase dois anos da chegada da 'troika' a Portugal, apenas as famílias e as pequenas e médias empresas (PME) desalavancaram. Em contrapartida, Estado, empresas públicas e as grandes empresas privadas continuam a aumentar os seus níveis de endividamento. "Não há dúvida que a grande vitória orçamental é das famílias. O Estado perpetua uma situação em que continua a gastar acima da sua capacidade. È o único que ainda não deu o exemplo", afirma Ricardo Valente, docente do Porto Business School, acrescentando que se trata de uma opção política e económica que passa pelo aumento de rendimentos através dos impostos em detrimento de um corte nos custos".

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