Conferência Episcopal busca soluções para a crise
"Para tempos novos, novas soluções. É o que se procura", sublinhou à agência Lusa o padre Manuel Morujão, porta-voz da CEP, expressando a sua convicção de que de o encontro dos bispos católicos portugueses se espera mais do que "fórmulas estafadas", mas antes "determinação e realismo" na procura do que "a Igreja deve ser no mundo em que vive".
Segundo Manuel Morujão, "a Igreja quer fazer parte da solução", destacando a importância da nota pastoral intitulada "Crise, discernimento e compromisso" que vai estar em cima da mesa nesta assembleia magna dos bispos portugueses.
O secretário da CEP admitiu que este documento responda, por um lado às dificuldades vividas pelas camadas mais desfavorecidas, mas, por outro, que seja capaz de realçar a ideia de que a crise "pode ser uma oportunidade de rever estilos de vida".
Uma outra nota pastoral consta dos trabalhos da 178.ª Assembleia Plenária da CEP, intitulada de "Mensagem aos jovens portugueses".
Sem desvendar o seu conteúdo, o porta-voz da CEP alertou que "os jovens, com o seu entusiasmo e capacidade de sonhar, não podem conformar-se com fórmulas estereotipadas".
Durante a reunião, prevê-se a aprovação da redução do número de comissões episcopais - passando a ser sete em vez das nove actuais -, a mudança de formato e das próprias designações, na tentativa de as agilizar e tornar mais eficazes.
Mudanças que se somam às decorrentes do acto eleitoral que irá indicar os próximos presidentes das comissões episcopais.
A intervenção do presidente da CEP, cardeal-patriarca de Lisboa, José Policarpo, abre os trabalhos da Assembleia Plenária, na tarde de segunda-feira.
Durante o encontro serão ainda eleitos os bispos delegados ao "Sínodo sobre a Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã", convocado por Bento XVI para Outubro do próximo ano, no Vaticano.
A CEP representa a Igreja Católica em Portugal e é composta pelos bispos diocesanos, incluindo o das Forças Armadas e de Segurança, os bispos coadjutores e auxiliares.