Cidade de Valência rodeada pelas chamas
De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, a estratégia de extinção do incêndio está centrada em três pontos, desde a criação de uma zona de proteção para que o fogo não entre na Serra Calderona, passando por combater o incêndio com meios aéreos e terrestres na localidade de Higueruelas e evitar que as chamas se dirijam para as povoações de Llíria e Casinos.
Capital da comunidade valenciana, Valência amanheceu com vários fogos ativos nos seus arredores e sob um núvem de fumo e forte cheiro a queimado. Os ventos que estão a favorecer a propagação dos fogos espalhavam sobre a cidade uma chuva de cinza.
No que diz respeito à evacuação dos habitantes das povoações afetadas, a informação que a EFE está a divulgar é de que o entendimento das autoridades é que é preferível "pecar por excesso" e avançar já para a retirada de pessoas nas localidades de Teresa, Sacañet, Canales, Gátova, Marines Viejo, na urbanização El Real de Marines, para além de Oset, Artaj e Pardanchinos.
Entretanto, a Cruz Vermelha Espanhola aumentou para 900 o número de camas disponíveis nos quatro albergues, na sequência da evolução dos incêndios.
De acordo com um comunicado da organização, até sábado à noite, a Cruz Vermelha disponibilizou 525 camas distribuídas pelos albergues de Turís, Villar del Arzobispo, Marines e Altura para os habitantes desalojados e para os elementos da Unidade Militar de Emergências.
De acordo com a EFE, dezenas de paróquias valencianas disponibilizaram as suas instalações para ajudar as pessoas que foram evacuadas na sequência dos incêndios, distribuíram comida e têm ajudado no realojamento.
Esta vaga de incêndios é já considerada a mais grave dos últimos 20 anos na região.