Cerca de 670 mil seringas trocadas no primeiro semestre do ano muito mais que em 2018
O relatório do Programa Troca de Seringas - Diz não a uma Seringa em segunda mão sobre o primeiro semestre deste ano revela um aumento substancial na troca de seringas, mas uma redução na distribuição de preservativos. Ao todo, 230 mil, menos 26% que em igual período do ano passado.
O relatório, elaborado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e divulgado hoje no Portal do Serviço Nacional de Saúde, registou uma diminuição de 3% do número das seringas trocadas pelas Unidades dos Cuidados de Saúde Primários e de 11% no Posto Móvel, mas um aumento de 86% no número de seringas distribuídas pelas Equipas de Redução de Riscos e Minimização de Danos.
Registou-se ainda um aumento de 7% no número de seringas trocadas pelas farmácias, comparativamente com o mesmo período do ano passado, refere o relatório semestral que demonstra a evolução do número de seringas distribuidas/trocadas entre janeiro e junho de 2019.
"Este programa, que teve início em 1993 sob a alçada da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA, representa a eficácia das medidas e das estratégias adotadas, nomeadamente a redução do número de casos diagnosticados de infeção por VIH, no grupo das pessoas que utilizam drogas injetáveis. Com o auxílio deste programa foi possível atingir o valor mínimo histórico de 1,8%", afirma o Ministério da Saúde.
O Programa Troca de Seringas tem como objetivo evitar a partilha de agulhas, seringas e outros materiais de consumo, promover comportamentos sexuais seguros, através da utilização consistente do preservativo masculino, diminuir o tempo de retenção de seringas usadas pelos utilizadores e evitar o abandono de seringas e agulhas utilizadas na via pública.