Carruagens da Fertagus com menos bancos a partir de hoje. Veja as imagens

Empresa que explora a ligação ferroviária entre Setúbal e Lisboa responde ao aumento da procura, subida de 19,2% de validações de títulos em abril, com a retirada de bancos para transportar mais pessoas de pé.
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Se hoje entrar no comboio que liga Lisboa a Setúbal pela Ponte 25 de Abril e reparar que tem menos bancos e mais espaço para viajar de pé não se surpreenda pois este é o futuro das carruagens utilizadas pela Fertagus neste serviço ferroviário entre as duas margens do Tejo.

É também a forma de a empresa tentar responder ao aumento de passageiros transportados desde abril quando entrou em vigor o "Programa de apoio à redução tarifária nos transportes públicos" que fez com as validações de títulos tivesse passado de 1,8 milhões de validações em abril de 2018 para 2,4 milhões no mês homólogo deste ano. Ou seja, um aumento de 19,2% em média que se divide, de acordo com dados da empresa, num crescimento de 16% na hora de ponta e de 26% fora das horas de maior procura.

No protótipo que foi agora colocado ao serviço [solução experimental que vai ser gradualmente aplicada em todas as composições], a Fertagus retirou vários bancos tanto na parte inferior como superior das carruagens, o que vai permitir aumentar a capacidade de transporte em pé - o que, frisa, é uma característica do transporte suburbano. A empresa garante que com esta transformação foram aumentados os lugares destinados a pessoas com mobilidade reduzida.

Além desta mudança, está também a ser estudada a implementação de um novo horário "em função da distribuição da procura verificada em maio, primeiro mês da aplicação integral dopasse único", explica em comunicado a Fertagus. Foi também, acrescenta, "solicitado ao fabricante do material circulante que avalie a possibilidade do fabrico de uma quinta carruagem que permitiria aumentar a capacidade do material circulante existente".

Com a criação do PART foram criados dois tipos de passes que substituem os vários títulos que existiam. No caso da Área Metropolitana de Lisboa passou a existir o Navegante municipal em que por 30 euros se pode utilizar todos os transportes públicos num determinado município, e o Navegante metropolitano em que o utilizador paga 40 euros e pode circular em toda a Área Metropolitana. Na Área Metropolitana de Porto o sistema é idêntico.

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