Carlos Moedas garante que plano Juncker também financia ciência

Comissário da Ciência e Inovação ouviu as preocupações e as ambições de 30 bolseiros do Conselho Europeu de Investigação.
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O comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação reuniu-se garantiu a 30 cientistas de topo que o desvio de verbas do orçamento europeu para a ciência vai ser também canalizado para as áreas da ciência e inovação. Carlos Moedas esteve reunido com os investigadores galardoados com bolsas ERC (Conselho Europeu de Investigação), os conhecidos bolseiros milionários, que pela primeira vez expuseram as suas preocupações ao seu representante na Comissão Europeia.

No final do almoço, o comissário português contou que explicou aos cientistas que "a ideia é que os fundos que serão utilizados no Plano Juncker serão também utilizados nas áreas da inovação, da ciência e da investigação, portanto não estamos realmente a retirar, estamos a criar um novo fundo de investimento". Recorde-se que o orçamento inicial para a ciência no Horizonte 2020 era de 80 mil milhões de euros, mas que 2,7 mil milhões foram mais tarde realocados para o Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (EFSI), o Plano Juncker. Este desvio de verbas representa um corte de 221 milhões de euros nas bolas ERC aos 13 mil milhões inicialmente previstos.

Em Portugal trabalham cerca de 50 investigadores que já beneficiaram destas bolsas. Atualmente estão a trabalhar 15, apoiados com um total de 28 milhões de euros. Um desses exemplos é o neurocientista Rui Costa, que desenvolve o seu trabalho na Fundação Champalimaud e que no final do encontro com Carlos Moedas confessou estar satisfeito. "O que foi mais falado foi a necessidade de reforçar estes mecanismos transparentes de financiamento na Europa. Há um risco de os fundos que suportam estas bolsas irem para outro tipo de financiamento e nós queríamos defender que continuasse desta forma de chegar ao conhecimento e que fosse feito de uma forma transparente", defendeu, elogiando o trabalho da equipa de Carlos Moedas na recuperação desses fundos para as áreas da ciência. O cientista sublinhou ainda que "é importante que todos cidadãos europeus percebam que o nosso dinheiro que está a ser gasto em ciência e no conhecimento é bem empregue e que gera conhecimento para a sociedade".

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