Os serviços municipais de Mobilidade, de Ambiente Urbano e de Cultura vão trabalhar em conjunto na "redefinição integral da sinalização", de forma a "introduzir outros elementos de referência que foram aparecendo na cidade, para permitir circuitos alternativos". .Lisboa está "altamente poluída, com sinais por todo o sítio, e alguns deles estão errados, sem qualquer ligação com a realidade", sustentou, em declarações à Lusa, o vereador Fernando Nunes da Silva.."Importa sinalizar aquilo que as pessoas têm como referências na cidade", como "aspetos do património ou jardins", referiu o responsável pela Mobilidade. O autarca deu o exemplo do Parque da Bela Vista, em Chelas, que, disse, se tornou uma marca numa zona onde antes era difícil apontar referências para a circulação..O objetivo, explicou, "é deixar de ter um sistema tradicional de sinalização, muito rodoviário, e passar a ter um sistema mais próximo daquilo que é o imaginário" das pessoas..O município pretende ter "uma visão muito mais abrangente dos aspetos relacionados com a identificação, que têm a ver com os nós de tráfego e os elementos que constroem os mapas mentais das pessoas", referiu Nunes da Silva..Os automobilistas tendem a enraizar hábitos de circulação e a Câmara de Lisboa quer mostrar que há alternativas aos circuitos tradicionais. Na capital, a Baixa e o rio Tejo, o Marquês de Pombal, o Saldanha e Entrecampos são os locais considerados referência para os automobilistas.."A Avenida Duque de Ávila é atualmente a melhor ligação entre Campolide e a Alameda Afonso Henriques, mas quatro em cada cinco pessoas continuam a virar na Avenida João Crisóstomo", exemplificou. .O levantamento está quase todo feito, disse Nunes da Silva, admitindo que o trabalho técnico estará concluído até ao primeiro trimestre do próximo ano.