A Câmara Municipal de Loures lamentou hoje o incêndio que deflagrou no domingo no bairro da Torre, em Camarate, e instou o Governo a ajudar a autarquia a encontrar uma solução definitiva para todos os moradores..Mais de uma dezena de moradores do bairro da Torre, composto por núcleos de habitações precárias, ficou desalojada na sequência do incêndio, encontrando-se neste momento a autarquia de Loures e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) a "tentar encontrar uma alternativa habitacional para estas pessoas"..O número total de famílias e pessoas afetadas pelo incêndio ainda não é certo, uma vez que a Câmara Municipal de Loures (distrito de Lisboa) e a associação de moradores do bairro da Torre (Associação Torre Amiga) apontam números distintos..Enquanto a Câmara de Loures refere que foram afetadas quatro famílias, num total de 11 pessoas, a associação de moradores diz que foram 25 o número total de desalojados..Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares (CDU), lamentou o incidente e admitiu a necessidade de ser encontrada uma solução definitiva para o bairro, instando o Governo a ajudar nessa procura.."Não se pode estar, num assunto desta dimensão, exclusivamente dependente da resposta da Câmara", ressalvou o autarca..Bernardino Soares referiu que, relativamente a esta situação das famílias desalojadas, está a ser feita uma avaliação conjunta entre a autarquia, a Segurança Social e o IHRU sobre as consequências do incêndio e uma análise das melhores soluções imediatas "para cada situação".."Vamos ver hoje qual é a resolução. Também há outros problemas que é preciso dar apoio, uma vez que algumas destas pessoas ficaram sem todos seus pertences. É preciso algum apoio de emergência e é por isso que a Segurança Social também está envolvida", explicou..O autarca disse ainda que o IHRU se comprometeu até ao final do dia a enviar algumas propostas para resolver a situação habitacional dos moradores que ficaram desalojados..Contactada pela Lusa, a presidente da Associação Torre Amiga, Ricardina Cuthbert, referiu que a maioria das famílias desalojadas tem dormido na capelinha e na sede da associação do bairro da Torre, enquanto aguardam por uma alternativa habitacional..No bairro da Torre residem 67 famílias, num total de 250 pessoas.