Pressão sobre o SNS aumenta. Portugal recua dois meses

Número de pessoas internadas, tanto internamento geral como nos cuidados intensivos, regressa aos valores de há dois meses. As seis mortes das últimas 24 horas ocorreram todas em Lisboa e Vale do Tejo.
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Portugal registou, nas últimas 24 horas, 1020 novos casos de covid-19 e seis mortes, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta terça-feira (22 de junho).

Há agora 450 pessoas internadas (mais sete do que ontem), sendo que 101 estão em unidades de cuidados intensivos (mais quatro do que ontem). Há dois meses que o número de internados em Unidades de Cuidados Intensivos não era superior a cem. O número global de internados é quase igual ao que se verificava há dois meses (454 em 19 de abril).

Os números indicam, porém - ao contrário do que aconteceu ontem - uma progressão negativa da pandemia: o número de pessoas recuperadas nas últimas 24 horas (1293) é superior ao de novos infetados.

Lisboa e Vale do Tejo continua a ser, no conjunto do país, o principal "motor" a fazer subir o número de infetados: 648 nas últimas 24 horas (ou seja, 63,5 por cento). O Norte registou 121 novos infetados; o Centro 101; o Algarve 70; os Açores 44; o Alentejo 32 e a Madeira quatro.

Desde o início da pandemia, foram registadas em Portugal 17 074 mortes por covid e 866 826 infetados.

Os números atuais em Portugal indiciam que o ritmo de crescimento das novas infeções per capita é superior aos que se registam na média da União Europeia, segundo os dados do Our World In Data.

Contudo, isso já não se verifica quando estão em causa novas mortes diárias per capita. Nesse item, os valores portugueses estão abaixo da média europeia.

O agravamento da pandemia em Portugal está a refletir-se nos lares de idosos, onde existem seis surtos ativos de covid-19, anunciou, também nesta terça-feira, a DGS.

Estes surtos correspondem a 54 casos de covid-19, parte deles já recuperados, acrescentou a autoridade nacional de saúde.

A ministra da Saúde voltou a referir que podem ser necessárias mais medidas restritivas, caso a situação se justifique. Marta Temido afirmou, no entanto, que se está tentar inverter "todos os dias" o aumento de contágios.

"Vamos ter de continuar a fazer este esforço por equilibrar vacinação, testagem e medidas não farmacológicas. Não há receitas mágicas, não há receitas milagrosas. Tem de ser da responsabilidade de todos nós, e também do Governo, a adoção de medidas"

Marta Temido espera "evitar fazer" recuos, mas assegurou: "se o contexto o exigir, faremos".

E no combate à pandemia, a vacinação é uma das principais armas. Nesse sentido, a Comissão Europeia fez saber esta terça-feira a alteração ao segundo contrato com a farmacêutica Moderna para a ativação, em nome de todos os Estados-membros da União Europeia, de 150 milhões de doses adicionais em 2022.

O contrato revisto prevê a possibilidade de adquirir vacinas adaptadas às mutações do vírus, bem como para uso pediátrico e de reforço. Isso mesmo anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na publicação que partilhou na rede social Twitter.

No que se refere aos dados da pandemia em todo o mundo, a infeção elo novo coronavírus já é responsável por mais de mais de 3,87 milhões de mortes.

Mais de 178 697 640 pessoas foram infetadas pelo vírus SARS-CoV-2 em todo o mundo, segundo o balanço da AFP, feito com base em fontes oficiais.

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