Biografia de Fernando Assis Pacheco lançada amanhã

Uma "Crónica Biográfica" de Fernando Assis Pacheco (1937-1995) que se debruça sobretudo sobre o lado luminoso do escritor e jornalista, como diz o autor, Nuno Costa Santos, será lançada quarta-feira ao fim da tarde no cinema Nimas, em Lisboa.
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Chama-se "Trabalhos e Paixões de Fernando Assis Pacheco" esta biografia do poeta e cronista publicada pela Tinta-da-China, cujo título remete para o romance do autor "Trabalhos e Paixões de Benito Prada", sobre os seus antepassados galegos, publicado em 1997 pela Asa e elogiado por Jorge Amado.

A sessão de lançamento começa às 18:00, com a projeção do documentário "Saudade Burra de Fernando Assis Pacheco", também da autoria de Nuno Costa Santos e realizado por Margarida Moura Guedes e Paulo Galvão.

Segue-se, às 19:00, a apresentação propriamente dita da biografia, que estará a cargo de António Mega Ferreira, João Rodrigues e Rogério Rodrigues, amigos do escritor, e contará com a presença da família.

Falecido aos 58 anos, Assis, como os amigos o tratavam, apresentou-se assim, numa entrevista dada em 1978: "Sou o Fernando Assis Pacheco, 41 anos, um pasmado sem cura. Tudo me espanta, gramo a vida, quero morrer mais lá para o verão".

Na mesma entrevista, às perguntas "Consideras-te deprimido, introvertido, extrovertido, calmo, fogoso? A que signo pertences? Dás-lhes importância?", Assis Pacheco respondeu: "A partir do fim: sou Aquário, mas não ligo peva. Sou todos os adjetivos da pergunta, mas também sou inteligente, esquizóide, reinadio, arrebatado, ponderado e extravagante, embora à vez, para não chatear o indígena".

Nuno Costa Santos explica, na introdução, a que deu o título "Uma Sorte Daquelas", que o que quis fazer foi "contar as várias dimensões de Assis Pacheco num estilo cronístico, apostado em visitar algumas das dimensões mais importantes de alguém que gramava anda por cá como poucos e que sabia que iria, com uma 'saudade burra', dizer adeus a tudo isto".

Na contracapa, diz Miguel Esteves Cardoso: "Por ser verdadeira, é maravilhosa esta biografia. Leia-a e conheça alguém que soube aumentar a vida: dele e de cada um que o lia ou conhecia. Assis era um poeta, jornalista e amigo. Era um escritor em todos os sentidos. Nuno Costa Santos trouxe-o outra vez à vida".

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