Benfica. Goleada construída com vigas de Pinho

Equipa de Jorge Jesus foi aos Açores vencer, por 5-0. Golos de Rodrigo Pinho, Darwin (dois), Rafa e Yaremchuk.
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Foi com uma goleada construída na segunda parte (e depois de dar 45 minutos de avanço ao Santa Clara) que o Benfica manteve a liderança da I Liga. Um jogo sem a nota artística que o seu treinador tanto gosta, mas com uma eficácia invejável: com cinco golos em cinco remates.

Jorge Jesus tinha defendido o adiamento do jogo da quinta jornada, face ao desgaste de alguns jogadores que estiveram ao serviço das seleções - alguns regressaram na véspera do jogo apenas - e tendo em conta que os encarnados vão-se estrear na Champions na terça-feira frente ao Dínamo Kiev. Também por isso, fez várias mudanças na equipa e regressou ao 3x4x3 com as entradas de Diogo Gonçalves, Morato, Weigl e Rodrigo Pinho.

O Benfica teve algumas dificuldades para assentar o seu jogo no início, com os açorianos a empurrarem as águias para junto da sua área e a criarem algum perigo embora sem oportunidades claras de golo. Faltam as transições ofensivas com sucesso para a equipa de Daniel Ramos, os açorianos tiveram uma oferta da defensiva encarnada, mas Cryzan não esperava e acabou por não conseguir rematar nas melhores condições.

Logo depois a barra salvou Vlachodimos. O guarda-redes do Benfica protagonizou um lance perigoso fora da área - atropelou Mansur e o Santa Clara ficou a pedir a expulsão - que resultou no livre direto de Lincoln ao ferro da baliza das águias. O mesmo Lincoln aqueceu as luvas do grego... e de que maneira. Vlachodimos voou para impedir o golo da equipa dos Açores. Uma defesa espetacular e eficaz que manteve a baliza em branco.

Neste contexto, foi contra a corrente do jogo que o Benfica chegou ao golo, num rasgo de génio do estreante Rodrigo Pinho (servido de forma exemplar por Grimaldo). Um golo que mascarou a dificuldade em ganhar as segundas bolas e meter a bola nas costas da defesa açoriana.

Jesus queria mais velocidade e mais bola e espaço para Darwin. E quem melhor do que Rafa para transpor essa ideia em campo. O sacrificado foi mesmo o autor do golo, Rodrigo Pinho, que viu da bancada o segundo golo benfiquista. Um lance do génio: Everton Cebolinha, que serviu Darwin para o 2-0 aos 54 minutos.

Impressionante eficácia do Benfica, que logo depois resolveu o jogo com um golaço de Rafa (o quarto da época que faz do extremo o melhor marcador da equipa no campeonato) e mais um de Darwin e com alguma sorte à mistura.

E assim em nove minutos as águias resolveram o jogo e deitaram por terra qualquer esboço de reação do Santa Clara a mais de 20 minutos do fim do jogo. E pior ficou quando Yaremchuk entrou e fez o quinto golo para o Benfica.

"O principal deste jogo é somar três pontos. Ganhámos contra uma equipa forte e bem organizada taticamente. Na primeira parte, o jogo foi muito confuso para o Benfica. O Santa Clara dividiu bem o jogo nos primeiros 45 minutos. O futebol é assim. Dominar constantemente o adversário não acontece no futebol moderno. Os outros também sabem jogar. O Santa Clara até chegou a estar por cima", admitiu Jorge Jesus, agradado com o "nível alto" que a equipa mostrou no segundo tempo.

isaura.almeida@dn.pt

Veja os golos

0-1 Rodrigo Pinho (Benfica)

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0-2 Darwin (Benfica)

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0-3 Rafa (Benfica) e 0-4 Darwin (Benfica)

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0-5 Yaremchuk (Benfica)

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